Conhecer tudo nos outros, apontar cada erro. Cada falha. Exaltar as virtudes, mas apenas as que reconheço afins ao orgulho próprio. Como saber distinguir? Como fazer para não considerar um absurdo a hipótese de me acreditar menor ou igual àqueles a quem menos me afino. Como ser forte e consciente para olhar com sabedoria para cada gota da minha potencialidade e com o mesmo fervor controlar meus impulsos negativos?
Afirma o espírito Joanna de Ângelis em suas obras psicológicas que o grande desafio para o homem contemporâneo é sim autodescobrir-se. Diz mais. A mentora do médium Divaldo Franco em suas obras psicológicas diz que o caminho do autodescobrimento não é nada fácil e que é desafiador.
Portanto quem quer que se utilizar do brado de ter conseguido de modo simples executar tal vivência, pode estar apenas usando uma máscara. Persona superficial, apesar de convincente, que irá apenas atrasar ou bloquear o processo despertado no íntimo da humanidade desde a antiguidade, quando no Templo Delfos Sócrates captou e divulgou o intrigante convite ao conhecimento da verdade.
O psicólogo Marlon Reikdal, um dor organizadores dos estudos aprofundados da Obra Psicológica do espírito de Joanna de Ângelis, trazendo também muitos ensinamentos contidos nas obras de Psicologia Analítica de Carl Gustav Jung, alerta para outros riscos que podem, sem cautela, passarem despercebidos.
Segundo ele, tudo que a gente mais critica, tudo que aquilo que a gente mais odeia nos outros, no processo de autodescobrimento, a gente precisa saber que está dentro de nós. Apesar de dura, a afirmação ajuda no reflexo imediato no processo de despertar para aqueles que estão dispostos a vivenciar o “Conhece-te a ti mesmo”.
Verdadeiramente não é tarefa simples e por isso requer que cada criatura inicie esse processo com o controle pelo menos de uma verdade. O querer. Porque trabalhar o ajustamento do anjo e do demônio interiores, conforme descrito também por Joanna, requer admitir em si os dois polos. Entender, equilibrar e aceitar que na condição humana faz parte da jornada o convívio com missão de melhoramento desse pior e desse melhor que há em nós.
Também é preciso, de acordo com Marlon, ter muito cuidado no processo de autodescobrimento para que a medida que vamos efetuando conquistas, não comecemos a nos achar. “Quando vamos nos conhecendo não vamos nos achando, vamos diminuindo, vamos reconhecendo o nosso papel pequenino frente ao mundo”, declara. Fazendo o paralelo da afirmação em Jung “Autodescobrimento não é uma autorreflexão narcisista do ego, mas sim a iluminação por meio do Self”.