17 MAI 2024 | ATUALIZADO 18:16
Luz Espírita
09/04/2016 09:19
Atualizado
13/12/2018 16:28

Nós, brasileiros, venceremos esses conflitos?

Nós, brasileiros, venceremos esses conflitos?
Reprodução/Internet

Em um momento em que o país vive uma onda de conflitos marcados, em sua maioria, pela incompreensão, ódio, cólera, orgulho, vaidade, egoísmo e intolerância, o que tem causado em muitos de nós sentimentos de angústia, pessimismo, desânimo ou medo, a doutrina de Jesus nos convida a profundas reflexões e nos encoraja a agir no bem.

A Espiritualidade Superior já advertiu que o nosso planeta de provas e expiações vivencia um momento de transição para chegar a ser um planeta de regeneração, ocasião em que haverá a prevalência do bem sobre o mal, no entanto, até lá, viveremos uma intensa transformação marcada pelas dores e pelos infortúnios, como os que ora ocorrem no Brasil.

O espírito Emmanuel, no prefácio da obra “Brasil, Coração do Mundo, Pátria do Evangelho” (de autoria do espírito Humberto de Campos, psicografado por Chico Xavier) afirmou que este livro é “a revelação da missão coletiva de um país” e apresenta a pátria brasileira como “coração espiritual da Terra”, conclamando seu povo à prática do Evangelho de Jesus, a fim de emanar para a humanidade fluidos de paz e fraternidade.

Não tenhamos dúvida da honrosa tarefa que nos foi dada enquanto Cristãos e Espíritas:  combater o mal com bem; a intolerância com o respeito; o ódio com o amor; a vaidade com a simplicidade e a incompreensão com a paciência.

Também devemos estar cientes da extrema dificuldade a ser vencida para que consigamos cumprir este papel, dada a nossa condição humana tão pouco adiantada e imensamente suscetível às fraquezas e às falhas.

Apesar disso, lembremos o valioso ensinamento de Allan Kardec ao afirmar que “reconhece-se o verdadeiro Espírita pela sua transformação moral e pelos esforços que faz para domar suas más inclinações.” Assim, o empenho deve ser incansável e contínuo para alcançarmos nossa reforma íntima e temos recebido diariamente, especialmente no atual contexto vivido, inúmeras oportunidades de prosperar nessa missão individual.

Em um cenário de corrupção generalizada, graves enfermidades, violência desenfreada, entre tantas outras provas, temos comumente falhado na simples e basilar ação de nos comunicarmos. Estamos, muitas vezes, tão dispostos a falar, mas bem pouco a ouvir; tão dispostos a criticar e tão pouco a servir; tão preocupados com os nossos interesses, mas tão indiferentes para com o problema do outro; tão afáveis com nossos iguais, mas tão intolerantes com os diferentes.

Meus irmãos, o Evangelho segundo o Espiritismo nos alerta que “cada época é marcada, assim, com o cunho da virtude ou do vício que a tem de salvar ou perder. A virtude da vossa geração é a atividade intelectual; seu vício é a indiferença moral. (...) Jesus foi a encarnação dessas virtudes que a antiguidade material desprezava. Ele veio no momento em que a sociedade romana perecia nos desfalecimentos da corrupção.” (Cap. IX, item 8).

Chama-se atenção para a atualidade desses trechos do Evangelho, que nos conclamam a vivenciar a caridade, mas não somente aquela que se resume a dar esmolas, por ser a mais fácil de todas, e sim, a que busca por em prática as virtudes da paciência, indulgência, benevolência e da resignação.

Lembrando, ainda, que o Espiritismo não comunga nem incentiva posturas acomodadas, omissas ou que se equivalham à inércia, mas orienta que o equilíbrio e a serenidade nas ações nos conduzem à estrada reta e indicada aos aprendizes do Cristo.

Por fim, devemos observar que um importante caminho para lograrmos êxito em nossa tarefa Cristã está no uso correto da linguagem. Por meio dela, o homem ajuda ou prejudica. Colabora ou desequilibra. Não é justo que nossas inquietações se exteriorizem e aumentem as aflições de outros irmãos. “Pela válvula da língua, nossas paixões explodem ou nossas virtudes se estendem”. (Fonte Viva, livro de Francisco Cândido Xavier, pelo espírito Emmanuel).

Esta valorosa obra, juntamente com os dizeres de Paulo de Tarso, servem como uma bússola na condução de nossas relações e na comunicação com nossos irmãos, trazendo a receita de como deve se dar o adequado uso da linguagem: “nem linguagem doce demais, nem amarga em excesso. Nem branda em demasia, afugentando a confiança, nem áspera ou contundente, quebrando a simpatia, mas sim ‘linguagem sã e irrepreensível para que o adversário se envergonhe, não tendo nenhum mal que dizer de nós’.

Que aprendamos e busquemos ser pontos de luz a clarear a escuridão que ainda necessita, temporariamente, existir entre nós!

Fernanda Lucena

Casa do Caminho

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