29 MAR 2024 | ATUALIZADO 18:35
POLÍTICA
Da redação
28/09/2016 07:41
Atualizado
13/12/2018 12:32

“Estou tranquila”, diz Rosalba sobre irregularidades apontadas pelo TCE no Arena das Dunas

Durante debate exibido pela TCM, ex-governadora destacou ainda que estádio construído para a Copa foi o que consumiu meoos recursos no Brasil. Afirmação diverge de relatório promovido pelo Tribunal de Contas do Estado
Reprodução/Facebook TCM
A ex-governadora Rosalba Ciarlini (PP) afirmou estar “tranquila” em relação à auditoria promovida pela equipe técnica do Tribunal de Contas do Estado (TCE) no contrato do Arena das Dunas, estádio construído em Natal para realização de jogos da Copa do Mundo, em 2014.

Durante o debate exibido pela TCM na noite desta terça-feira, 27, Rosalba foi questionada pelo candidato a prefeito pelo PCdoB, Gutemberg Dias, sobre como se daria sua relação com a transparência dos recursos públicos em uma eventual quarta gestão na Prefeitura de Mossoró, uma vez que o TCE constatou indícios de sobrepreço no contrato de concessão do estádio Arena das Dunas, o que poderá implicar em um dano ao erário no valor de R$ 451 milhões no período de 15 anos.

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Em sua resposta, a ex-governadora disse que o relatório do TCE foi feito por apenas um técnico e ainda não foi apreciado pelo plenário do órgão. Rosalba equivocou-se nessa afirmação, pois a auditória foi realizada pela equipe técnica da Comissão de Acompanhamento e Fiscalização da Copa 2014 (CAFCOPA).
 
“Essa não é uma decisão do Tribunal de Contas, é a avaliação de um técnico, não foi uma decisão do plenário. Essa avaliação foi feita comparada com outro equipamento, bem diferenciado, em uma outra região. Todos os esclarecimentos já foram encaminhados, estou tranquila, porque foi a Arena, além da mais bonita, a feita com o menor recurso no Brasil e sem nenhum aditamento”, justificou Rosalba.
 
O TCE discorda dessa posição adotada pela ex-governadora. A auditoria realizada pela CAFCOPA apontou que a construção do estádio foi a mais cara do Nordeste. A constatação dos técnicos do Tribunal tem como base o custo por assento efetivo nas arenas Fonte Nova (Bahia), Castelão (Ceará) e Pernambuco, no estado de mesmo nome. Se levado em consideração o valor da Arena das Dunas sem a desoneração de impostos, chega-se ao custo total de R$ 452,11 milhões, ou seja, R$ 14.409,88 por assento.
 
A Arena Fonte Nova, por exemplo, custou por assento R$ R$ 12.492,84. Na Arena Pernambuco, esse custo chegou a R$ 10.378,30 e no Castelão alcançou R$ 8.115,52. O sobrepreço do estádio construído em Natal foi, em média, de 40% sob a média das demais arenas nordestinas, segundo o TCE.
 
No debate da TCM, Rosalba ainda defendeu que o estádio tem sido importante para o turismo potiguar. “É a única que realmente traz eventos, quando se pensava que seria um elefante branco, e não é”, comentou. Entretanto, a própria concessionária que administra o estádio afirmou, em nota enviada à imprensa, que sem os recursos do Governo do Estado, cujos pagamentos foram suspensos pela Justiça, o equipamento entraria em colapso e não se sustentaria financeiramente.
 

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