23 ABR 2024 | ATUALIZADO 16:37
ESTADO
Da redação
30/09/2016 07:02
Atualizado
14/12/2018 08:55

PRE emite parecer contrário ao registro de candidatura do substituto de Zé Júlio

Nome de Zé Júlio para substituí-lo na campanha para prefeito de Antônio Martins, Jorginho, do PSC, teve o registro negado em primeira instância por ter forjado documento e recorreu ao TRE
O atual Prefeito de Antônio Martins, José Júlio Fernandes Neto, do PSD, que pretendia ser candidato a reeleição, não conseguiu o registro de candidatura na Justiça Eleitoral.

Para substituí-lo, Zé Júlio escolheu o sobrinho Jorge Vinícius de Oliveira Fernandes, do PSD, porém este também não conseguiu o registro de candidatura na Justiça Eleitoral em primeira instância.

A coligação recorreu ao Tribunal Regional Eleitoral, em Natal. Nesta quinta-feira, 29, chegou o parecer da Procuradoria Regional Eleitoral ao relator do processo Wladimir Soares Capistrano.

O Procurador Regional Eleitoral opinou pelo não consentimento do registro de candidatura de Jorginho, como é mais conhecido Jorge Vinícius em Antônio Martins, reconhecendo assima documentação falsa.

As gestões de Ze Júlio à frente da Prefeitura de Antônio Martins nos últimos 12 anos transformaram a cidade na princesa do Alto Oeste do Rio Grande do Norte.

Entretanto, o motivo para a Justiça Eleitoral não lhe conceder o registro de candidatura para ser candidato a reeleição este ano de 2016 é muito forte.

Zé Júlio teria recebido recursos da Fundação Nacional de Saúde para investir em Antônio Martins e não teria prestado contas.

Devido a isto, Zé Júlio terminou condenado no Tribunal de Contas da União (TCU) a ressarcir a União em R$ 300 mil e pagar multa de R$ 30 mil.

A impossibilitado de concorrer à reeleição, o prefeito José Júlio descobriu já agora em setembro, quando o Ministério Público Eleitoral pediu e o juiz José Ronivon Beija-Mim de Lima decretou a não concessão de seu registro.

Diante do fato, Zé Júlio colocou o sobrinho Jorginho para concorrer no seu lugar, porém, segundo o promotor eleitoral Silvo Brito, este não havia saído do cargo público que exercia no prazo previsto na Legislação Eleitoral para concorrer a um cargo público eletivo.

Ainda conforme o promotor Silvio Brito, Jorginho se valeu de documentos com fortes indícios de terem sido falsificados entregues a Justiça Eleitoral.

O promotor e o juiz, com esta desconfiança, determinaram busca e apreensão na estrutura da Prefeitura e apreendeu computadores onde o documento havia sido feito-forjado.

Numa longa nota de esclarecimentos, Zé Júlio e Jorginho negaram que o documento atestando que ele havia saído do emprego no período exigido por lei tivesse sido forjado.

Entretanto, segundo o promotor Silvio Brito, as evidências são muitos fortes e o juiz José Ronivon Beija-Mim de Lima não lhe concedeu o registro de candidatura.

A coligação liderada por Zé Júlio e Jorginho recorreram ao Tribunal Regional Eleitoral, em Natal, que ontem recebeu o parecer negativo do Ministério Público Eleitoral.

Faltando apenas 2 dias para as eleições, Zé Júlio poderia encontrar outro nome de confiança dentro do grupo que não tenha implicações judiciais para substituí-lo?

O fato é que Jorginho mesmo concorrendo sob judice caminha para conseguir mais de 50% dos votos, não por méritos próprios e mais pela força política de Zé Júlio.

Se concretizando, a eleição será anulada, o vereador eleito nas urnas e pelos colegas presidente da Câmara assume interinamente e convoca novas eleições.

No município de Antônio Martins, o clima é de suspense no grupo político liderado por Zé Júlio.

O seu adversário, o advogado João Venâncio, conhecido como "O Velho", do PRTB, continua sem problemas na Justiça Eleitoral sua campanha nas ruas.
 

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