25 ABR 2024 | ATUALIZADO 18:29
MOSSORÓ
Amanda Nunes
05/10/2016 13:52
Atualizado
13/12/2018 03:53

"O primeiro impacto será social", afirma servidor da Caern sobre possível privatização

Profissionais que atuam em Mossoró paralisaram as atividades parcialmente na tarde desta quarta-feira, 5. Movimento foi realizado em todas a regionais do Estado
Bruno Martins
Servidores da Companhia de Águas e Esgotos (CAERN) paralisaram parcialmente as atividades nesta quarta-feira 5, em protesto contra a possível privatização da Companhia. Em Mossoró, cerca de 60 profissionais, de um total de 311 que integram os quadros da Caern, participaram da mobilização.

Para os servidores, a privatização, que vem sendo denunciada pelo deputado estadual Fernano MIneiro, propositor de audiência pública que acontece na Assembleia Legislativa, representa um retrocesso para os funcionários e também para sociedade. De acordo com Kenedy Brito, que trabalha na Companhia há 2 anos e 6 meses, a privatização terá "reflexos absurdos para população". “O primeiro impacto será social, o aumento do desemprego, os preços que terão reajustes e causará mais prejuízo na economia familiar”, enfatiza.

Um dos representantes do Sindicato da Água do RN (SINDÁGUA), Jurandir Fernandes apresentou ao MOSSORÓ HOJE um comparativo de preços. Segundo o servidor, os consumidores de baixa renda pagam por mês em torno de R$ 7,00, os de classe média pagam R$ 22,04 e de classe alta cerca de R$ 35,00. Esses valores, se comparados a despesas básicas, são irrisórios, defende: “Água é um bem indispensável, os valores cobrados atualmente são irrisórios. Será que com a privatização os preços continuarão assim?”, alerta Jurandir.



O movimento aconteceu também em todas as regionais do Estado, porém não paralisando as atividades básicas. Os servidores disseram que a paralisação não tem como objetivo o prejuízo das atividades. “Não estamos querendo prejudicar o serviço, esta é apenas uma luta em favor também da sociedade. Se ficarmos parados a privatização vai acontecer e nós não podemos nos omitir", finalizou Jurandir.

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