Há pouco mais de um mês da estudante Valéria Patrícia Bezerra, 20 anos, ser encontrada morta em um matagal, em Mossoró, o delegado José Vieira falou nesta sexta-feira, 14, sobre o caso à imprensa.
Um dos pontos citados pelo delegado, titular da Delegacia de Defraudações, é que vários perfis fakes no Facebook foram feitos com o intuito de atrapalhar as investigações. Agora, o caso segue em segredo de justiça, para que não haja mais interferências.
"No início, como estava muita aberta a investigação, estava tendo muito boato, muita especulação e estava até atrapalhando, inclusive, foi criado até 'fakes' de perfis em rede sociais, inclusive meu também, dizendo que eu estava passando informação, mas na verdade era tudo 'fake', estão começaram a passar informações erradas, tumultando a investigação, por isso pedimos segredo de justiça", explicou o delegado.
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Diante da situação, o delegado esclareceu que as investigações agoram correm normalmente. A Polícia trabalha com a possibilidade de crime passional ou latrocínio comum. "As duas hipóteses estão caminhando juntas", destacou.
Ao todo, nove policiais e três chefes de investigação estão atuando no inquérito. Além dos delegados José Vieira (DEDF) e Rafael Arrais, da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
"Mesmo com o pouco pessoal que nós temos estamos dando toda a atenção possível para o caso. Não podemos dar mais detalhes justamente para não atrapalhar o desenrolar da investigação", frisou Vieira.
Segundo José Vieira, para fazer algumas perícias necessárias, foram preciso alguns materiais no ITEP de Natal.
Vieira frisa que o local do crime dificultou bastante a investigação por ser um lugar afastado da cidade e sem movimentação de pessoas.
"A dificuldade é só o local e algumas, que é um local muito 'erro', e ausência de outros elemetos de convicção para chegar, mas as investigações estão a todo vapor", conclui.
O CASO: Corpo de Valéria Patrícia é encontrado em matagal em Mossoró
A manicure e estudante de Enfermagem, Valéria Patrícia desapareceu no dia 11 de setembro quando saiu de casa, no Planalto 13 de Maio, para ir até sua nova casa no bairro Bom Jesus .
No dia 15 de setembro, o corpo da jovem foi encontrado com marcas de tiros e em decomposição em uma matagal nas proximidades da BR-110.
Desde o ocorrido, o pai e marido de Valéria procuravam pela jovem. Até moradores se mobilizaram.
Inicialmente, o perito do ITEP, Joaquim Guimarães, acreditava que a jovem tinha tido o pescoço quebrado. Mas, um exame de DNA feito posteriormente revelou que a jovem sofreu um tiro na cabeça.