28 MAR 2024 | ATUALIZADO 18:35
MOSSORÓ
Da redação
26/10/2016 08:03
Atualizado
13/12/2018 21:16

Direção e pais vão discutir entrada de meninos de vestido em escola de Mossoró

Diretora Hévila Maria informou que possibilidade da liberação da vestimenta não é descartada, contando que não seja curta. Aluno Matheus Bezerra foi barrado em escola por estar de vestido.
Bruno Martins/MH
Após a polêmica envolvendo o estudante Matheus Bezerra, de 18 anos, que foi barrado na porta da escola porque estava de vestido, o Conselho da Escola Estadual Aida Ramalho Cortez Pereira, em Mossoró, vai se reunir para tratar sobre o assunto.

Entenda o caso: 
Aluno de vestido é barrado em escola estadual de Mossoró; 'regime impede', justifica diretora 

Em entrevista ao MOSSORÓ HOJE, nesta terça-feira, 25, a diretora da escola, Hévila Maria, explicou que a situação causou estranhamento aos servidores da escola, mas que não descarta a liberação do uso da vestimenta por parte dos meninos, contanto que esteja no tamanho adequado.

“A escola não sou eu sozinha, temos funcionários, alunos e pais também. Nós estamos abertos à conversa. Vamos nos reunir com o conselho e pais e levar esse assunto. Não tenho nada a ver se eles querem vestir saia, eles podem vir à vontade, só que no momento que eu fiz isso, eu pedi educadamente e cumpri as normas da escola”, destacou Hévila.

Atualmente, constam nas normas da escola que meninos e meninas devem ir com calça comprida jeans e blusa com manga, caso não tenha fardamento. Até então, a única exceção aberta é para as alunas protestantes, que podem usar saia ou vestido, com comprimento abaixo do joelho e com manga.

“Nós vamos nos reunir para estudar, analisar o caso, ver o que podemos fazer, também não podemos mudar de uma hora para outra. Se o Conselho e os pais decidirem que vai mudar, não sou eu que vou impedir. Se a gente errou, estávamos cumprindo o regimento. Nós estamos abertos pra conversar. Se eu errei estou aqui pra me redimir”, destacou a diretora.

Nesta terça-feira, 25, o MOSSORÓ HOJE também conversou com alunos que integram o Grêmio Estudantil da Aida Ramalho. O presidente Ricardo Silva destacou que desde o ano passado eles solicitam à diretoria uma cópia atualizada do regimento escolar, e não são atendidos.

“Desde o ano passado que a escola alega que o regimento está sendo atualizado, e nunca nos entregam essa atualização. O caso de Matheus é mais um caso de homofobia, porque ele é homossexual”, destacou o estudante.

Segundo Ricardo Silva, nessa quarta-feira, 26, o Grêmio pretende realizar uma assembleia extraordinária para discutir o assunto e providenciar medidas a serem adotadas.

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