18 ABR 2024 | ATUALIZADO 18:25
NACIONAL
Da redação
26/10/2016 18:06
Atualizado
12/12/2018 19:34

Henrique, Cunha e Funaro viram réus em processo por desvios milionários na Caixa

Juiz que recebeu a denúncia detalha que o MPF deixou claro, com base em documentos e depoimentos, como os desvios aconteceram e como os recursos chegavam aos réus
ABr
O ex-deputado federal e ex-ministro do Turismo, Henrique Eduardo Alves, do PMDB, virou réu no processo por desvios de somas milionárias na Caixa Econômica Federal.

Junto com Henrique Alves, também virou réus o ex-deputado federal Eduardo Cunha, do PMDB, do Rio de Janeiro, que já está preso em Curitiba por outros desvios de recursos.

Outro que também virou réu foi operador do mercado financeiro Lúcio Funaro, também ligado aos principais líderes do PMDB no Brasil.

O processo criminal está sob os cuidados do juiz federal Vallisney de Sousa Oliveira, da 10ª Vara Federal de Brasília. Ele aceitou a denúncia nesta quarta-feira, dia 26.

Também são réus Alexandre Margotto, parceiro de Funaro, e Fábio Cleto, ex-vice-presidente da Caixa, que fez acordo de delação premiada e detalhou o suposto esquema de desvios.

Henrique, Cunha e Funaro e os demais envolvidos vão responder pelos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro, prevaricação e violação do sigilo funcional.

Conforme consta na denúncia, o trio cobrava propina de empresas para atuar junto aos diretores da Caixa Econômica para liberar investimentos do FGTS.

Esta mesma denúncia já passou nas mãos do procurador-geral da República Rodrigo Janot, que apresentou inicialmente no Supremo Tribunal Federal.

Entretanto, com a cassação de Cunha por negar ser dono de contas milionárias na Suíça e Henrique afastado do Ministério de Temer, o processo desceu para a primeira instância.

Na peça que aceita a denúncia, o juiz Vallisney de Sousa Oliveira afirmou que o MPF detalhou como os desvios aconteciam e como os recursos chegavam aos corruptos.

"A presente denúncia faz referência e traz como prova a farta documentação que relata com precisão de detalhes as operações junto à Caixa e os dados bancários de contas no exterior, planilhas, recibos e anotações feitas por alguns dos acusados", escreveu o juiz.

A reportagem de O Estadão detalha que: “Ele registrou também que a acusação se lastreia "em depoimentos, a título de colaboração premiada, do codenunciado Fábio Cleto e depoimentos de outros investigados e testemunhas, tais como Ricardo Pernambuco (também delator) e outros, que tiveram intensa atividade no acobertamento e entrega do dinheiro indicado como ilícito a seus destinatários aqui denunciados".

Outro lado

Os advogados de Cunha disseram que a denúncia não deveria nem ser aceita, pois não contém provas. Diz que as delações são falsas para incriminar Cunha.
A reportagem de O Estadão informa que Henrique não vai comentar o assunto.

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