Enfermeira Andrea Cunha afirma que criança teve todo o atendimento possível; médico confirma
A criança chegou em franca insuficiência respiratória, um quadro classificado como choque séptico grave. Foram feitas manobras de reanimação cardiorrespiratória, informa o médico André Régis, diretor da UPA do Belo Horizonte
O diretor André Régis, da Unidade de Pronto Atendimento – UPA do bairro Belo Horizonte, em Mossoró, negou que a criança de 4 anos tenha falecido na unidade no final da tarde desta quarta-feira, 26, em função de falta de medicamentos e ou aparelhos, como noticiado.
A enfermeira Andrea Cunha, que estava de plantão na UPA e foi usada como fonte para se afirmar na mídia que a criança de 4 anos teria falecido por falta de medicamentos ou aparelhos, negou tudo. Pelo contrário, afirmou que foram feitas todas as manobras possíveis.
"A criança teve todo o atendimento necessário e no tempo hábil. Quando a criança chegou, já chegou bastante crítica, trazida pelos familiares. Foram várias manobras realizadas e a família estava presente vendo o empenho da família", narra Andrea Cunha.
Para o atendimento que a criança necessitava na hora da parada cardiorrespiratória a medicação de urgência existia. "Com relação ao óbito desta criança, em nenhum momento faltou agilidade da equipe", acrescenta.
André Cunha disse mais: "Os médicos plantonistas que aqui estavam junto como corpo de enfermagem não faltaram em hipóteses nenhuma, todo atendimento foi feito em tempo hábil. De fato alguns equipamentos faltam, mas não para a criança", assegura a enfermeira.
"Mais uma vez afirmo: eu fui entrevistada sobre o comando grevista e não sobre o óbito da criança. Houve uma má interpretação das informações", finaliza Andrea Cunha, lembrando que o quadro clínico da criança antes de ser levada à UPA, vinha sendo tratada na iniciativa privada.
Assista em vídeo a declaração da enfermeira.
O médico André Régis relatou que a criança de 4 anos deu entrada na UPA com uma pneumonia num estado avançado, que levou aos médicos dificuldades para conseguir salvar a criança. "Não falou assistência, não faltou médico e material", afirma.
"Todas as manobras, tudo que poderia ser feito, foram realizados pelos colegas de plantão. Apurei a situação e ao meu ver não faltou nenhum artifício que pudesse levar a um desfecho desfavorável ao atendimento da criança", destaca o diretor.
André Régis acrescentou que não houve tempo hábil para transferir a criança para a Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica da Prefeitura de Mossoró instalada no Hospital Wilson Rosado. Explicou que a criança foi ressuscitada e depois teve recaída, entrando em estado de óbito.
Diante desta situação, a UPA do Belo Horizonte está abastecida com insumos, medicamentos, equipamentos e profissionais preparados. "Havia condições perfeitas de oferecer atendimentos de urgência e emergência", acrescenta André Régis, lembrando que havia aspirador.
Veja trechos da entrevista com André Régis.
A criança chegou em franca insuficiência respiratória. Insuficiência esta que os colegas de plantão fizeram manobras de reanimação cardiorrespiratória. A criança chegou a UPA com um quadro clínico classificado pelos médicos como choque séptico muito grave.
O que afirmou o médico André Régis e a enfermeira Andrea Cunha já havia sido antecipado,em nota, pela Prefeitura Municipal de Mossoró.