18 MAI 2024 | ATUALIZADO 13:39
NACIONAL
Da redação
24/11/2016 15:11
Atualizado
12/12/2018 22:21

Ex-ministro da Cultura afirma que Temer o pressionou no caso Geddel

Em depoimento à PF, Marcelo Calero acusou o presidente de interferência direta na liberação de um empreendimento de luxo na Bahia, onde o ministro Geddel Vieira adquiriu apartamento
Agência Brasil
Em depoimento à Polícia Federal, o ex-ministro da Cultura, Marcelo Calero, acusou o presidente da República, Michel Temer,  interferência direta na liberação do La Vue Ladeira da Barra, empreendimento de luxo embagada pelo embargado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) na Bahia.

De acordo com informações do Jornal Folha de S.Paulo, Calero disse em depoimento à PF que Temer o "enquadrou" no intuito de encontrar uma "saída" para a obra de interesse do ministro Geddel Vieira Lima (Secretaria de Governo).

"Que na quinta, 17, o depoente foi convocado pelo presidente Michel Temer a comparecer no Palácio do Planalto; que nesta reunião o presidente disse ao depoente que a decisão do Iphan havia criado 'dificuldades operacionais' em seu gabinete, posto que o ministro Geddel encontrava-se bastante irritado; que então o presidente disse ao depoente para que construísse uma saída para que o processo fosse encaminhado à AGU [Advocacia-Geral da União], porque a ministra Grace Mendonça teria uma solução", afirmou Marcelo, segundo a transcrição do depoimento enviado ao Supremo Tribunal Federal e à Procuradoria-Geral da República.

Na sequência, o ex-ministro afirma que o presidente encarava com normalidade à pressão de Geddel, articulador político do governo e há mais de duas décadas amigo do presidente da República.

"Que, no final da conversa, o presidente disse ao depoente 'que a política tinha dessas coisas, esse tipo de pressão'", prossegue Calero.

Na sequência, o ex-ministro disse que se sentiu "decepcionado" pelo fato de o próprio presidente da República tê-lo "enquadrado". "Que então sua única saída foi apresentar seu pedido de demissão", declarou Marcelo Calero.

Com informações da Folha de S.Paulo

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