O presidente da Câmara Municipal de Mossoró, vereador Jório Régis Nogueira, disse, com exclusividade ao MOSSORÓ HOJE, que está surpreso com a inclusão do seu nome na denúncia do Ministério Público Estadual no Tribunal de Justiça do Estado.
Um pouco mais cedo, o prefeito Francisco José Junior, que teve seu nome também envolvido na Operação Vulcano, nega que tivesse tido qualquer favorecimento com o caso. Disse inclusive que votou contra impedir que o Atacadão vendesse combustível mais barato.
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Jório diz que respeita as prerrogativas do Ministério Público Estadual e da Polícia Federal, no caso que investigou o crime de cartel de donos de postos de combustíveis em Mossoró, mas que é totalmente inocente da acusação de ter recebendo propina para aprovar projeto.
Se dirigindo a sociedade, o vereador assegura à sociedade mossoroense não ter praticado nenhuma ilicitude e que, por isto está tranquilo e certo que conseguirá prova sua inocência na instância judicial, confirmando assim sua postura ética e respeitando à coisa pública.
Na prática, o Ministério Público Estadual e a Policia Federal desencadearam a operação Vulcano em 2012, para investigar possível pagamento de propina para vereadores impedirem, através de Projeto de Lei que o Atacadão vendesse combustível mais barato em Mossoró.
As conversas gravadas na época pela Polícia Federal levaram a deduzir que os donos de postos de combustíveis teriam se reunido e pagado R$ 250 mil para o então vereador e hoje prefeito Francisco José Junior distribuir com os vereadores e inviabilizar o posto no Atacadão.
Entretanto, o prefeito Francisco José Junior nega tal trasação e repudia veementemente a denúncia apresentada pelo Ministério Público Estadual. Assegura, inclusive, que votou contra os interesses dos donos de postos de combustíveis de Mossoró.
A ação segue para os desembargadores decidirem, se os indícios e provas apresentados pelo Ministério Público Estadual, são suficientes para recebe ou não a denúncia contra Jório Nogueira, Francisco José Junior e o empresário Otávio Augusto Ferreira da Silva.
O processo, no entanto, deve descer para a primeira instância logo no início de sua tramitação no Tribunal de Justiça Estado, pois neste intervalo, Francisco José Junior deixa de ser prefeito e perde o foro privilegiado. O caso deve ser analisado por um juiz de primeira instância, em Mossoró.
Os demais envolvidos no caso, também devem ser processados pelo Ministério Público Estadual na Justiça de primeira instância.