Peritos foram ao Hospital Wilson Rosado na tarde desta segunda-feira, 02, realizar exames de corpo de delito na criança de 2 anos que deu entrada na unidade com marcas de estangulamento no pescoço. Os pais são os principais suspeitos do crime, segundo a polícia. Quadro do garoto também apontou desnutrição e desidratação.
O menino de 2 anos está em coma induzido, na UTI pediátrica do hospital, desde a última quarta-feira, 28. O caso veio à tona porque os médicos que atenderam a criança estranharam os hematomas e o comportamento dos pais.
Os pais devem ser novamente ouvidos pela Polícia Civil. O caso está sendo investigado pela Delegacia de Polícia Civil de Apodi, que tem a frente o delegado Renato Oliveira.
Segundo o agente de polícia civil Wilson Fernandes Filho, questionados pelos médicos, os pais apresentaram versões diferentes. Primeiro disseram que não sabiam o que tinha ocasionado os hematomas, e depois que a criança tinha caído. Só que, segundo o policial, um cidadão quando cai não fica com hematomas no pescoço.
O caso chegou até a 3º equipe da Delegacia de Plantão de Mossoró. Os pais foram até a delegacia para serem ouvidos.
"O pai estava em contato permanente com parentes de Apodi e estava escondendo a gravidade da situação. A criança se encontra internada em estado muito grave em coma induzido para tenta evitar danos cerebrais", explicou Wilson.
O agente contou que, durante o depoimento, o casal se limitou a negar que tenha agredido o filho e que não sabia o causou o ferimento.
Ao longo desta segunda-feira, 02, o MOSSORÓ HOJE tentou contato com o delegado Renato Oliveira, de Apodi, mas também obteve êxito.
O Conselho Tutelar do município também foi contatado, mas as ligações não foram atendidas.