26 ABR 2024 | ATUALIZADO 10:01
MOSSORÓ
Da redação
13/01/2017 08:09
Atualizado
13/12/2018 04:55

Salários de professores da UERN deverão ser reajustados em cerca de 7%

Esse é o percentual de reposição da inflação de 2016. Associação dos Docentes e o governador Robinson Faria entraram em acordo, na manhã desta sexta, 13. Categoria acumula defasagem salarial de mais de 100%
Durante aproximadamente 40 minutos, o governador Robinson Faria se reuniu, na manhã desta sexta-feira, 13, com representantes da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte, com o objetivo de discutir a pauta de reivindicações apresentada em dezembro de 2015 pela Associação dos Docentes da Uern (Aduern). No encontro, ficou acertado que o Governo analisará o impacto do reajuste salarial da categoria, a partir da reposição da inflação referente ao ano de 2016.

“Com relação aos pleitos, alguns darão para serem atendidos, dentro da lei. Foi um diálogo bastante construtivo, com compreensão e boa vontade, vamos continuar dialogando”, destacou o governador após a reunião, relatando ainda que não havia recebido a categoria antes porque os ofícios encaminhados pela Aduern não chegaram ao seu conhecimento. “Houve desencontros. Eu não sabia que eles estavam solicitando audiência, quando soube prontamente atendi”, justificou.

De acordo com o presidente da Aduern, professor Lemuel Rodrigues, o reajuste de aproximadamente 7% não é o desejado pelos docentes, que acumulam uma defasagem salarial de mais de 100% desde 2014, mas é algo que possibilita a retomada do diálogo para que o Plano de Cargos e Carreiras seja cumprido pelo Governo. O último aumento da categoria ocorreu em 2013.

“Se o Governo repassar a reposição da inflação nós teremos novas reuniões pra gente voltar a discutir o Plano de Cargos. É bom que fique claro para a categoria e para as pessoas que nós não estamos abrindo mão do Plano, estamos recuando no percentual hoje para que a gente tenha algum ajuste por conta da inflação, para continuar a negociação”, enfatizou Lemuel.

Ainda segundo o presidente da Associação, caberá agora à reitoria da Uern encaminhar ao Governo o estudo com o impacto financeiro desse reajuste de aproximadamente 7%, bem como do reajuste de 12%.  “O acordo que fizemos com a então governadora Rosalba previa que nós receberíamos quatro parcelas de 12% e não recebemos nenhuma”, frisou Lemuel.

“Queremos esse reajuste (da inflação) imediatamente. O governador foi muito claro, que não dependia agora dele, mas da equipe do reitor fazer o estudo. Esperamos que até o final do mês a equipe do reitor repasse esse estudo para o Governo, aí nós vamos ter uma nova reunião para ver a partir de quando o repasse será feito”, complementou o professor.
 
Estrutura

Quanto à estrutura da UERN e demais pontos da pauta de reivindicações, o presidente da Associação destacou que também houve avanços, mas a relação entre o Governo e a Universidade ainda é “carente e pendente”.

“A pauta que entregamos tinha 21 itens, dentre as quais o concurso, que já ocorreu, não na maneira como queríamos, o número de professores que a universidade necessita não foi contemplado, porém é um avanço. A liberação de recursos para a conclusão da sede do campus em Natal também é um avanço. Não podemos apenas criticar o Governo, apesar de estar muito carente e pendente essa relação com a Uern, mas temos que reconhecer que esses dois pontos da pauta foram atendidos”, concluiu.

Participaram da reunião, além do governador e do presidente da Aduern, o reitor da Uern, Pedro Fernandes, a secretária estadual de Educação, Cláudia Santa Rosa, a secretária de Trabalho, Habitação e Assistência Social, Julianne Faria, o secretário de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Mairton França, que também é professor da universidade, entre outros.

 

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