25 ABR 2024 | ATUALIZADO 18:29
POLÍCIA
Da redação
15/01/2017 04:52
Atualizado
13/12/2018 08:23

Forças de segurança controlam motim em Alcaçuz e começam contagem de corpos decapitados

Número de presos do Sindicato do RN que foram mortos pelos presos do PCC, segundo o governo, é dez ou doze. Já nos áudios e vídeos divulgados pelos presos, este número pode chegar a 50
Tribuna do Norte
A Policia Militar entrou no Presídio de Alcaçuz, em Nísia Floresta, no início da manhã deste domingo, 15, e conseguiram controlar a rebelião interna dos detentos. Controlado os ânimos, o trabalho da Polícia agora é “limpar a área”, recolher os corpos e tentar reconstruir o presídio.

Os presos rebelados não ofereceram resistência a ação policial. Não teve confronto. Dentro do presídio, um rastro de destruição, principalmente nos pavilhões IV e V, local do confronto. Os policiais encontraram cenário de horror.
 
Os presos do Pavilhão V entraram em confronto com os presos do pavilhão IV por volta das 17 horas deste sábado, 14. No confronto, o estado já reconhece pelo menos 10 mortes. Os próprios presos divulgaram vídeo mostrando vários corpos decapitados.
 
A princípio levantou-se a hipótese de número de mortes ter passado de 50, pois os presos da facção PCC invadiram o pavilhão IV, onde estavam os presos da facção Sindicato do RN e começaram a matar e decapitar os presos. No pavilhão IV havia 140 presos da facção.
 
A princípio, o Governo do Estado reconhece pelo menos dez mortes.
 
Ao amanhecer deste domingo, o número de famílias era muito grande nas imediações do Presídio de Alcaçuz. Também existem equipes de imprensa de várias regiões do País. Ao clarear do dia começaram a chegar as equipes de polícia do Choque e do PB Choque.
 
No início da rebelião, os presos cortavam a cabeças dos outros e jogavam no pátio do presídio. Eles gravaram vídeos e áudios e divulgaram nas redes sociais. Os agentes penitenciários que conseguiram escapar dos presos no início da rebelião também narraram os fatos.
 
Veja mais
Cabeças de presos estão sendo jogadas no Pátio de Alcaçuz
Presos escrevem PCC com sangue dos mortos em Alcaçuz

O risco de novos confrontos dos presos de facções rivais dentro dos presídios no Rio Grande do Norte ainda é grande, como também pode ocorrer confrontos fora dos presídios também. Todas as unidades prisionais do RN estão em alerta, em especial Mossoró, Caraúbas e Caicó.

Concluído o processo de pacificação dentro de Alcaçuz, que tem 1.150 presos, o Governo do Estado terá que destinar recursos para reconstruir internamente a unidade. Os presos destruíram as celas e estão soltos nos pavilhões.
 
Em nota, o Governo do Estado informa que a partir das 10h deste domingo (15) será realizada uma coletiva de imprensa com o secretário de Segurança Pública, Caio Bezerra, para detalhar as ações policiais no presídio de Alcaçuz.
 
No início da manhã integrantes da Força Nacional, BOPE, Batalhão de Choque, GEP e agentes penitenciários de Alcaçuz e de outras unidades prisionais iniciaram a operação para entrar no presídio e conter os detentos rebelados.
 
O Gabinete de Gestão Integrada Estadual (GGI-E) permanece ativado, levantando informações e comandando as ações em andamento.
 
 

Notas

Publicidades

Outras Notícias

Deixe seu comentário