26 DEZ 2024 | ATUALIZADO 18:32
POLÍCIA
Da redação
15/01/2017 04:52
Atualizado
13/12/2018 08:23

Forças de segurança controlam motim em Alcaçuz e começam contagem de corpos decapitados

Número de presos do Sindicato do RN que foram mortos pelos presos do PCC, segundo o governo, é dez ou doze. Já nos áudios e vídeos divulgados pelos presos, este número pode chegar a 50
Tribuna do Norte
A Policia Militar entrou no Presídio de Alcaçuz, em Nísia Floresta, no início da manhã deste domingo, 15, e conseguiram controlar a rebelião interna dos detentos. Controlado os ânimos, o trabalho da Polícia agora é “limpar a área”, recolher os corpos e tentar reconstruir o presídio.

Os presos rebelados não ofereceram resistência a ação policial. Não teve confronto. Dentro do presídio, um rastro de destruição, principalmente nos pavilhões IV e V, local do confronto. Os policiais encontraram cenário de horror.
 
Os presos do Pavilhão V entraram em confronto com os presos do pavilhão IV por volta das 17 horas deste sábado, 14. No confronto, o estado já reconhece pelo menos 10 mortes. Os próprios presos divulgaram vídeo mostrando vários corpos decapitados.
 
A princípio levantou-se a hipótese de número de mortes ter passado de 50, pois os presos da facção PCC invadiram o pavilhão IV, onde estavam os presos da facção Sindicato do RN e começaram a matar e decapitar os presos. No pavilhão IV havia 140 presos da facção.
 
A princípio, o Governo do Estado reconhece pelo menos dez mortes.
 
Ao amanhecer deste domingo, o número de famílias era muito grande nas imediações do Presídio de Alcaçuz. Também existem equipes de imprensa de várias regiões do País. Ao clarear do dia começaram a chegar as equipes de polícia do Choque e do PB Choque.
 
No início da rebelião, os presos cortavam a cabeças dos outros e jogavam no pátio do presídio. Eles gravaram vídeos e áudios e divulgaram nas redes sociais. Os agentes penitenciários que conseguiram escapar dos presos no início da rebelião também narraram os fatos.
 
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O risco de novos confrontos dos presos de facções rivais dentro dos presídios no Rio Grande do Norte ainda é grande, como também pode ocorrer confrontos fora dos presídios também. Todas as unidades prisionais do RN estão em alerta, em especial Mossoró, Caraúbas e Caicó.

Concluído o processo de pacificação dentro de Alcaçuz, que tem 1.150 presos, o Governo do Estado terá que destinar recursos para reconstruir internamente a unidade. Os presos destruíram as celas e estão soltos nos pavilhões.
 
Em nota, o Governo do Estado informa que a partir das 10h deste domingo (15) será realizada uma coletiva de imprensa com o secretário de Segurança Pública, Caio Bezerra, para detalhar as ações policiais no presídio de Alcaçuz.
 
No início da manhã integrantes da Força Nacional, BOPE, Batalhão de Choque, GEP e agentes penitenciários de Alcaçuz e de outras unidades prisionais iniciaram a operação para entrar no presídio e conter os detentos rebelados.
 
O Gabinete de Gestão Integrada Estadual (GGI-E) permanece ativado, levantando informações e comandando as ações em andamento.
 
 

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