O Governo do Estado fechou a conta. Morreram 26 presos no confronto entre presos do PCC e do Sindicato do RN na Penitenciária de Alcaçuz, no município de Nísia Floresta. Outros 9 detentos foram socorridos com ferimentos para os hospitais de Natal e Parnamirim.
A informação foi confirmada há pouco tempo em entrevista coletiva das forças de segurança, em Natal. Na manhã deste domingo, 15, os agentes de penitenciários que estavam em Alcaçuz haviam dito que o numero de mortos era superior a 100.
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Horas depois do início do confronto entre os presos do Sindicato do RN com o PCC, cabeças de presos foram jogadas no pátio de Alcaçuz. Os agentes penitenciários conseguiram agir rápidos e retirar as armas, coletes e escudos antes da tomada das áreas internas do presídio pelos presos.
O número de mortos foi corrigido. Num primeiro momento, o secretário estadual de segurança, Caio César Bezerra, informou que haviam sido 27 assassinatos dentro de Alcaçuz. Este número foi revisado para 26, pois um morto havia sido contado duas vezes.
Nesta segunda-feira, 16, os legistas do Instituto Técnico-científico de Policia (ITEP), com sede na Ribeira,em Natal, começam o trabalho de identificação dos presos que foram mortos em Alcaçuz. A espectativa é que o trabalho seja concluído em 30 dias.
Paralelo a este trabalho, o governo do estado, través de suas secretarias, deve iniciar os procedimentos para a restauração das partes internas dos pavilhões que foram destruídos pelos presos em Alcaçuz. É um trabalho difícil, pois não tem onde colocar os presos.
Os presos mais perigosos, considerados os líderes do movimento que resultou no massacre de 26 presos neste sábado em Alcaçuz, segundo o governo do Estado, devem serem transferidos para Presídios Federais de outros estados nos próximos dias.
O quadro no inicio da noite deste domingo dentro de Alcaçuz era de que os presos do Sindicato do RN estava ocupando os pavilhões I e II. O Pavilhão IV, que também era ocupado pelo Sindicato do RN, está fechado. Já os presos do PCC, que estavam no Pavilhão V e II, agora estão todos no V.
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Ainda no início da noite de sábado, as forças de seguranças conseguiram cercar o presídio e segundo o secretário de Interior Justiça e Cidadania, nenhum preso dos 1.150 de Alcaçuz haviam conseguido fugir. Disse inclusive que a população poderia ficar tranquila.
Dentro de Alcaçuz, os presos conseguiram cortar a rede elétrica, o que fez desligar os bloqueadores de celulares. Sem iluminação, os presos subiram nos muros que separam os pavilhões IV e V e foram para o telhado para escapar dos presos de facções rivais.
Nas imediações de Alcaçuz, centenas de familiares de presos tentavam se aproximar para conseguir informação. Dentro do presídio, os presos escreveram o o nome PCC nas paredes com o sangue dos mortos, exatamente o que aconteceu após o confronto na Cadeia Pública de Caraúbas.
Para as autoridades de segurança do RN, era o reflexo de que o confronto entre as facções dentro de Alcaçuz naquele momento havia chegado ao fim e que o PCC havia ganho mais uma batalha contra o Sindicato do RN dentro dos presídios e cadeias do Rio Grande do Norte.
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Ao amanhecer do domingo, 15, os policiais e agentes penitenciárois entraram no presídio de Alcaçuz. Não encontraram qualquer resistência dos presos e iniciaram o trabalho de vistoria dos pavilhões e a contagem dos presos, conferindo um a um.
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Na manhã de domingo, 15, vários agentes penintenciários ao sair de serviço enviaram mensagens para seus colegas de trabalho e também para amigos, contando o cenário de horror e sangue dentro de Alcaçuz, em especial dentro do pavilhão IV.
Ainda na manhã de domingo, a Agência Brasil divulgou que o presidente Michel Temer estava deterinando que o ministro da Justiça preste auxílio ao Rio Grande do Norte. O próprio governador Robinson Faria ligou pessoalmente para o ministro Alexandre de Morais.
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O secretário Walber Virgulino, da SESUJ, confirmou que de fato os presos do Pavilhão V, que são filiados ao PCC, invadiram o pavilhão IV, que são do Sindicato do RN, e fizeram a chacina. O número de mortos não foi maior, porque os agenes penitenciários teriam evitado a invasão no pavilhão I.
O Governo do RN também fez questão de frisar que o confronto entre presos em Alcaçuz não tem relação com o confronte entre os presos em Manaus e em Roraina. Segundo Walber Virgulino, são facções diferentes que lutam entre sí pelo comando do crime.
Ainda durante a entrevista na tarde noite deste domingo, os secretários de Estado informaram que o presídio de Alcaçuz internamente está praticamente destruído e que os mais de mil presos estão fora das celas dentro dos cinco pavilhões.
Perícias
Os 27 homicidios e as 9 tentativas serão investigadas por três delegados da Divisão de Homicidios e Proteção a Pessoa, de Natal, com apoio de 15 investidores, que já estão trabalhando no caso desde a manhã deste domingo. Esta informação foi confirmada pelo delegado geral Cleiton Pinho.