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ESTADO
Da redação
19/01/2017 07:45
Atualizado
13/12/2018 19:07

“Despautério”, diz secretária sobre críticas de Cláudio Santos ao Governo do RN

Tatiana Mendes Cunha rebateu o ex-presidente do TJ, afirmando que nos últimos meses da sua gestão à frente do Judiciário faltou até mesmo papel higiênico nos banheiros
Reprodução/Twitter
O desembargador Cláudio Santos continua gerando polêmica, mesmo após deixar a presidência do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte (TJRN). Em entrevista ao Tribuna do Norte, ele criticou duramente o Governo do Estado pelo caos instalado no sistema prisional. O posicionamento do magistrado foi rebatido nesta quinta, 19, pela secretária-chefe do Gabinete Civil, Tatiana Mendes Cunha.

Em seu perfil no Twitter, a secretária, considerada uma das mais influentes do Governo Robinson Faria, ironizou a gestão de Cláudio Santos à frente do TJRN. “O Desembargador Cláudio Santos pode até se considerar um grande gestor, mas essa não é a opinião dos servidores do TJ. Igualmente, não é a opinião daqueles que buscaram a Justiça Estadual nos últimos 2 anos. Nem dos índices do CNJ”, disparou.

Tatiana também afirmou que a crise instalada no sistema prisional do RN não é diferente do que vem acontecendo no restante do país, “assim como outros problemas, como a lentidão do Judiciário, que no RN piorou muito nos últimos 2 anos. O Desembargador conhece as dificuldades da burocracia, mesmo porque a propalada sede do TJ se ressume (sic) a uma maquete, sem projetos”, postou.

Ainda segunda a secretária, nos últimos meses de administração ne Cláudio Santos como presidente TJ, “não tinha papel higiênico nos banheiros e material de limpeza era comprado pelos magistrados. Governador Robinson está fazendo trabalho sério e, apesar da falta de recursos, tem muitas realizações, inclusive no sistema penitenciário”, comentou.

Sobre a doação feita pelo Tribunal de Justiça ao Estado, no valor de R$ 20 milhões, recursos destinados para construção de um novo presídio, Tatiana Mendes Cunha justificou que o dinheiro só foi transferido para os cofres do Executivo no dia 8 de dezembro.

“E já no dia 30/ 01, serão abertas as propostas da licitação para construção do presídio de Afonso Bezerra. No dia 29 de dezembro, assinamos um termo de adesão no Ministério da Justiça, no total de R$ 31.900.000,00 Com esse recurso, vamos construir outra unidade prisional. Já deflagramos a licitação e a SIN é a responsável pela obra”, acrescentou.

Sobre a construção da Cadeia Pública de Ceará-Mirim, a auxiliar de Robinson destacou que as obras estão 50% executadas. “A previsão de entrega é para o final do mês de junho. Valor da obra: R$ 21.354.754,36. A construção está em fase de execução das edificações das paredes das celas em concreto armado. Sei que a população está inquieta. Eu também estou. Com os investimentos que estamos fazendo e trabalho árduo, chegaremos lá”, disse.

Por fim, a secretária informou que, em 2016, o Estado gastou da receita do tesouro R$ 1.004.728.063,37 na Segurança Pública, entre despesas com pessoal, custeio e investimentos, o que representa, segundo ela, 24,50% a mais do que em 2014.

“O total de gastos com a segurança pública subiu de 13,70%, em 2014, do total arrecadado no Estado, para 15,06% em 2016, isso demonstra a preocupação do Governo com Segurança...O pior de tudo é que diante de uma crise dessa ter que parar para responder tamanho despautério. Mas não gosto de afirmações levianas. Principalmente de quem pouco fez, quando teve oportunidade”, concluiu.

Confira algumas declarações de Cláudio Santos ao Tribuna do Norte:

Isso (a crise no sistema prisional) representa a negação do Poder Público e a falta de comando para que comece a se reverter essa situação que é muito crítica e pode se agravar ainda mais, porque só se pede mais policiais e Força Nacional para guardar a parte externa sem que haja controle interno”

“Esses cinco presos que foram transferidos foi porque os próprios presos ofereceram, os líderes não foram retirados. O que precisa é que o MPE e MPF propunham uma intervenção no sistema penitenciário do Rio Grande do Norte, porque o Governo já mostrou que não tem condições. E não é só falta de dinheiro porque tem R$ 5 milhões para fazer um censo, o que é um contra censo na minha opinião. Eu fui muito criticado em arranjar dinheiro para fazer penitenciária exatamente para 600 vagas que estão em excesso em Alcaçuz”.

“Não tem Força Nacional que dê jeito nisso, o que precisa é de ação para reverter a situação que trás insegurança para toda a sociedade. O sentimento é de total insegurança. Se esse povo decidir derrubar a parede e fugir? Vão matar quantos? O que nós estamos precisando é de Governo”.
 

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