25 ABR 2024 | ATUALIZADO 09:49
MOSSORÓ
Da redação
19/01/2017 09:03
Atualizado
13/12/2018 09:45

“Se eles não entendem o que é hierarquia e disciplina, estou mostrando”, diz secretário sobre guardas municipais

General Eliéser Girão se mostrou insatisfeito com a presença do Sindguardas/RN na reunião com a categoria. Ele promete acionar a Justiça para pôr fim à greve.
Secom/PMM
A relação entre a Guarda Civil Municipal de Mossoró e o atual secretário de Segurança Pública, general da reserva do Exército Eliéser Girão, está cada dia mais tensa. Após a reunião realizada com representantes da categoria e do Sindguardas/RN na manhã desta quinta, 19, o secretário elevou o tom e prometeu, inclusive, acionar a Justiça para pôr fim à greve iniciada no dia 23 de dezembro.

“A Guarda é uma instituição civil calcada em cima de hierarquia e disciplina, subordinada ao secretário de Segurança e também à chefe do Poder Executivo. Se eles não entendem o que é hierarquia e disciplina, estou mostrando pra eles o que é, sei muito bem fazer isso, fiz por mais de 40 anos na vida militar e venho fazendo há cinco, seis anos como secretário”, afirmou Girão em entrevista ao blogueiro Carlos Skarlack.

De acordo com o secretário, o momento atual, com rebeliões ocorrendo no Estado, requer “bom senso” por parte dos grevistas. “Temos a preocupação da população ficar desassistida em relação à presença da Guarda, esperamos que prevaleça o bom senso, e que eles voltem ao trabalho, se não voltarem aí as medidas legais terão que ser adotadas, afinal nós somos os gestores e podemos ser cobrados por conivência ou por irresponsabilidade”, complementou o general.
 
Sindicato
 
O secretário também não gostou da presença do Sindguardas/RN na reunião. De acordo com o Girão, foram justamente atitudes sindicais no Brasil que “nos levaram a essa situação de hoje, um país que está sem ordem, tentando retomar o progresso”. Segundo o general, os representantes do Sindicato foram “indecoros, indelicados e grosseiros”.

“Atitude sindical numa hora dessas, querendo gerar somente benefícios pessoais talvez para os líderes sindicais, isso não traz ganhos, infelizmente hoje eu me decepcionei com essa reunião realizada, porque eu queria fazer uma reunião de gestão para pode convidar os meus subordinados da Guarda Civil conforme manda a lei, chamá-los ao trabalho mais uma vez, já é a terceira vez que faço isso, e agora nós vamos acionar a Justiça para fazer a mediação dessa situação”, disse Girão.

Ainda conforme o auxiliar da prefeita Rosalba Ciarlini, com a presença do Sindicato, a pauta de reivindicações foi ampliada, referindo-se ao pedido de exoneração do novo comandante da Guarda Civil, o coronel da reserva José Ricardo Godinho. Girão justifica que essa nomeação é “temporária”.
 
“Eles estão questionando a nomeação provisória que estamos fazendo de uma pessoa da minha equipe de trabalho, que na reestruturação que a gente vai propor pretendo que ele seja o subsecretário de Segurança, de Defesa da Cidadania. Hoje o único cargo que a gente tinha disponível na estrutura era de comandante. Nós tomamos a iniciativa, desde a primeira conversa que tivemos com a Guarda, que iríamos propor uma adequação das leis, existe um conflito na Lei Federal com a leis municipais”, justifica o general.

Por fim, Eliéser Girão questionou a condução das negociações pelo presidente do Sindguardas/RN, Souza Júnior. “É muito estranho uma pessoa que não mora aqui, que não conhece a realidade, venha tratar dos assuntos que diz respeito à Guarda Municipal”, finalizou.
 
 
 
 

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