O governador Robinson Faria mantém o discurso otimista de que o Estado vencerá a guerra contra as facções que hoje dominam o sistema prisional do Rio Grande do Norte. Durante entrevista concedida ao programa Repórter Cidadão, da 98 FM, em Natal, o chefe do Executivo fez um pedido à população: quer que os potiguares continuem acreditando e confiando que tudo se normalizará.
“Vamos pedir a Deus proteção, energia, força, coragem e disposição. Quero dizer ao povo que confie, que acredite. Sou otimista, seremos o governo que venceu e melhorou o padrão de Segurança Pública no Rio Grande do Norte”, afirmou Robinson Faria.
Ainda na entrevista, o governador confirmou que, devido às últimas rebeliões na Penitenciária de Alcaçuz, a situação hoje na unidade é extremamente complicada, com os presos circulando livremente em todos os setores. “Não tem mais cela, não tem mais pavilhão, é um vão livre, mas não podemos ceder hora nenhuma aos bandidos”, disse.
Robinson também destacou que a ordem no momento é apressar a construção de novos prisionais, abrindo assim vagas no sistema prisional. “Agora é força-tarefa em tudo”, pontuou, enfatizando que os últimos acontecimentos referentes ao presídio de Alcaçuz estão sendo investigados com rigor.
“Os presos quebraram o concreto alemão do Pavilhão V, não foram com ferramentas simples. Como eles conseguiram desativar os bloqueadores de celular, que são blindados? Tudo está sendo investigado”, complementou.
Sobre as críticas que a classe política vem recebendo nesse momento de dificuldade, Robinson justificou que até tentou uma reunião com a bancada potiguar, mas não foi possível devido ao recesso parlamentar. “A bancada está em recesso. Agora ontem me telefonou o prefeito Carlos Eduardo. Se colocou à disposição, o secretário municipal de Segurança está trabalhando conosco. Uma hora dessas não existe partido político, o partido agora é o Rio Grande do Norte”, disse.
Por fim, Robinson criticou a entrevista concedido pelo desembargador Cláudio Santos, que afirmou faltar comando ao Estado na crise do sistema prisional. “Uma entrevista bastante infeliz e injusta. O Estado não recuou hora nenhuma. Uma entrevista muito mais política do que técnica”, concluiu o governador.