28 MAR 2024 | ATUALIZADO 18:35
MOSSORÓ
Da redação
20/01/2017 08:32
Atualizado
13/12/2018 11:51

Prefeitura não transfere para a Maternidade Almeida Castro repasses do Governo Federal

Recursos, que totalizam R$ 1,1 milhão, foram enviados para o Município no dia 10 de janeiro, cabendo à Prefeitura apenas a transferência para o Hospital, o que ainda não foi feito, prejudicando os serviços da maternidade

Uma prática antiga e danosa à saúde de Mossoró volta a fazer parte do cotidiano da cidade: a Prefeitura tem segurado recursos enviados pelo Governo Federal, cujo destino é o Hospital Maternidade Almeida Castro, enviados pelo Governo Federal pelos serviços de saúde prestados.

A informação foi confirmada pela coordenadora da junta interventora da maternidade, Larizza Queiroz. Ela explica que os recursos, referentes à produção do mês de dezembro, foram transferidos pelo Fundo Nacional de Saúde para o Município no dia 10 de janeiro, mas até agora não entraram na conta da unidade hospitalar.

“São recursos na ordem de R$ 1,1 milhão, necessários para pagamento de funcionários, compra de medicamentos, pela manutenção do hospital. Como o dinheiro não foi repassado, estamos com o salário de dezembro atrasado, segundo parcela do 13º e daqui a pouco as dificuldades irão aumentar”, alerta Larizza.

A coordenadora lamenta o atraso na transferência dos recursos e a falta de diálogo da atual gestão com a junta interventora. “A gente vem tentando uma audiência com o atual secretário, que já foi marcada, remarcada. Não entendemos o porquê disso tudo. Esperamos que o diálogo prevaleça”, destaca.

Desde que a Justiça determinou o afastamento do grupo da ex-deputada e atual vereadora Sandra Rosado do comando da Associação de Assistência e Proteção à Maternidade e à Infância de Mossoró (APAMIM), a Almeida Castro vem sendo administrada por uma junta de interventores, que contava com o apoio da Prefeitura de Mossoró na gestão do ex-prefeito Francisco José Júnior, parceria que viabilizou a reestruturação do hospital, hoje referência no atendimento humanizado à gestante, realizando em média 600 partos/mês e cerca de mil atendimentos no geral.

Com a mudança de gestão, as dificuldades já começam a surgir. Oficialmente, a Prefeitura alega, por meio de sua assessoria, que o orçamento do Município só foi aberto nesta quinta, 19, e que até a próxima semana vai poder efetivar os pagamentos e repasses, incluindo os relativos à Maternidade Almeida Castro.
 
Estado

Além do atraso da Prefeitura, a Maternidade também enfrenta problemas no repasse do convênio firmado com o Governo do Estado. A Secretaria Estadual de Saude repassou 438 mil para a Prefeitura de Mossoró no dia 27 de dezembro, atendendo determinação judicial assinada no dia 28 de setembro de 2016.

“Pelo acordo firmado na Justiça, esse repasse tem que ser feito da Prefeitura para a Maternidade em no máximo 72h, o que não ocorreu. Já encaminhamos ofício ao secretário de saúde, Benjamim Bento, mas não obtivemos resposta, por isso solicitamos o bloqueio dos recursos, mas é um processo lento”, conclui Larizza Queiroz.

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