28 MAR 2024 | ATUALIZADO 18:35
POLÍCIA
Da redação
23/01/2017 08:21
Atualizado
13/12/2018 09:40

Robinson Faria pretende fechar Alcaçuz e critica presídio em área turística

O governador disse que o fim de Alcaçuz é a melhor alternativa, por conta da precária estrutura da unidade; assim os presos deverão ser transferidos em massa para outras unidades
Mossoró Hoje
O governador do Rio Grande do Norte, Robinson Faria, disse que a melhor alternativa para resolver os problemas estruturais de Alcaçuz, agravados com os últimos conflitos que deixaram pelo menos 26 mortos, seria a desativação da unidade e transferência da massa carcerária para novos prédios. Ouça AQUI.

O problema não é novo; desde uma rebelião ocorrida em 2015 não existem grades nas celas, deixando os detentos livres para circularem nos pavilhões. A unidade não passou por reforma desde então.

A localização "turística”, segundo o governador, não deveria ter sido escolhida para a construção do presídio, inaugurado em 1998, na época, tendo como governador o atual senador Garibaldi Alves Filho. 

"Hoje tem que ser um novo presídio, até porque foi construído em cima de uma duna, foi um grande equívoco da época. Acho muito melhor fazer um deslocamento, hoje ali é uma área turística, tem muitas casas no entorno, tem lagoa, tem praia, é uma área que não cabe mais o presídio, tem que levar para uma área muito mais distante, isolada”.

Conforme mostrou reportagem do Fantátisco neste domingo, 22, desde 2015 os agentes penitenciários não têm acesso aos presos, justamente por conta da falta de estrutura e segurança.

Duas novas penitenciárias estão em construção no Rio Grande do Norte: uma em Ceará-Mirim (que tinha previsão de entrega no ano passado) e outra em Afonso Bezerra (anunciada em agosto de 2016). Segundo o governo, a cadeia de Ceará-Mirim será entregue em junho deste ano. 

“O terceiro [presídio] virá com o dinheiro que o presidente Temer enviou, do fundo penitenciário. Se tiver uma condição de que, com esses três novos presídios, nós pudermos apagar a história maldita de Alcaçuz, nós iremos acabar com Alcaçuz”.

Essa terceira unidade, a que se refere o governador, é o novo presídio de Mossoró, anunciado recentemente. A obra custará em torno de R$ 43,9 milhões, retirados no Fundo Nacional Penitenciário, liberado pelo governo federal no final de 2016.

Segundo o secretário de Justiça, Walber Virgolino, a nova cadeia abrigará os presos do regime fechado da Penitenciária Agrícola Mário Negócio; e o que é hoje a Mário Negócio custodiará apenas os presos do regime semiaberto. Mossoró também já possui uma Cadeia Pública e um presídio federal. 

Greve dos agentes penitenciários

Em entrevista a Rede EBC de  Comunicação, Robinson também se posicionou sobre a possível de greve dos agentes penitenciários em resposta ao anúncio da contratação, sem concurso público, de 700 pessoas para reforçar a categoria.

Faria disse que se eles deflagrarem de fato a greve o governo vai entrar com uma ação na Justiça para impedir a paralisação. 

A equipe do governador informou que o Sindicato dos Agentes Penitenciário do Estado do Rio Grande do Norte solicitou, no fim da tarde de sexta-feira, uma audiência com Robinson Faria para tratar do tema.

Os representantes da categoria defendem a convocação de 32 aprovados no último certame para reforçar a equipe de Alcaçuz como medida emergencial.

Com informações EBC

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