ESTADO
Da redação
01/02/2017 11:34
Atualizado
13/12/2018 04:52
Universitários sofrem com falta de transporte em São Miguel
Alunos estão tendo que pagar R$ 150 a transporte privado para se deslocar até a faculdade; Prefeitura afirma que frota está sucateada e está priorizando a rede pública municipal
Centenas de estudantes de São Miguel, no Alto Oeste potiguar, iniciaram mais um semestre letivo nesta segunda-feira (31). Alguns infelizmente não puderam comparecer às primeiras aulas por conta de um problema que atinge várias cidades do país: o transporte universitário.
Em São Miguel, somente no período noturno, cerca de 300 estudantes se deslocam até a cidade de Pau dos Ferros, a maioria para estudar na Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN).
A busca pelo diploma de ensino de superior e realização de um sonho é o único combustível. Mas, as dificuldades são muitas e o caminho é árduo.
É assim com a estudante de Pedagogia Samara de Lima, de 20 anos. A jovem é uma das que precisam do transporte universitário, geralmente pago pela Prefeitura de São Miguel.
Ocorre que na última sexta-feira (27), a Prefeitura de São Miguel informou que não seria mais possível ceder o transporte para o deslocamento dos estudantes. Cerca de 4 ônibus faziam a rota todas os dias.
Segundo Samara, não foi feito um aviso oficial. Mas, rumores na cidade já cogitavam o corte do transporte. A estudante e outros alunos, sabendo disso, foram até a Prefeitura e conversaram com o secretário municipal de Educação, Luís Marcos Costa.
“Não temos respostas concretas ainda. Eles disseram que os ônibus estão sucateados e iriam propor um projeto que cederá bolsas, para ajudar os alunos a pagar os ônibus. Mas, para isso teriam que aprovar na Câmara, teriam que solicitar uma audiência extraordinária”, declarou a estudante, frisando, “Muitos alunos estão desistindo”.
Não é de hoje que os universitários de São Miguel sofrem com o problema no transporte. No ano passado, o MOSSORÓ HOJE mostrou a situação de alunos que tinham que pagar transporte privado para se deslocar até a universidade. Em seguida, a Prefeitura decidiu ceder os ônibus e os estudantes pagavam a gasolina.
Samara de Lima explica que o transporte privado custa R$ 150 por mês e cita que nem todo aluno tem esse dinheiro para pagar. Ela conseguiu o dinheiro e pagou o veículo para ir estudar.
“Mas, a gente sabe que não é todo mundo que tem R$ 150 para pagar o ônibus. São Miguel é uma cidade de gente humilde e tem casa que tem mais de um estudante. Então, muita gente não tem o dinheiro, sem falar que a gente tem outras coisas para pagar, nem todo mundo tem esse dinheiro”, enfatizou a jovem, que está no 8º período do curso.
Em entrevista ao MOSSORÓ HOJE, o secretário municipal de Educação, Luis Marcos, informou que a Prefeitura foi obrigada a fazer o corte porque teve que fazer uma escolha: dar prioridade ao transporte dos estudantes da rede municipal.
Segundo Marcos, “foram encontrados 47 paus-de-arara, fazendo o transporte dos alunos, então a Prefeitura pretende priorizar a rede municipal, mas o transporte universitário também está sendo garantido”.
O secretário explicou que a atual gestão encontrou a frota de ônibus do município totalmente sucateada. “Sem condições de uso”, como definiu Marcos Costa. No total, são 13 os veículos que fazem o transporte dos alunos da rede municipal, estadual e universitária.
A Prefeitura abriu um processo licitatório em caráter de emergência para fazer a recuperação da frota.
Diante disso, a Prefeitura decidiu alterar a lei estudantil municipal, acrescentando o pagamento de uma bolsa-auxílio aos estudantes universitários, para que eles possam custear o transporte privado para ir à universidade.
“Estamos fazendo uma convocação extraordinária na Câmara Municipal para aprovação, também vamos fazer a recontagem de quantos são os alunos. O valor do auxílio ainda está sendo definido. Garantimos que ainda nesse mês de fevereiro será resolvido”, conclui o secretário de Educação.
Por outro lado, estudantes relatam que o pagamento do auxílio já consta na lei municipal que garante o transporte aos universitários. O estudante de Economia, Rangel Vieira, afirmou que há estudantes que já receberam o pagamento. Portanto, esse auxílio não seria novidade, pois já está inclusa na lei.
"A lei da bolsa de R$ 100 reais já existe há dois anos e é para quem estuda fora. Então temos direito a bolsa, não sei o porque dessa audiência extraordinária", relatou o universitário.
Em São Miguel, somente no período noturno, cerca de 300 estudantes se deslocam até a cidade de Pau dos Ferros, a maioria para estudar na Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN).
A busca pelo diploma de ensino de superior e realização de um sonho é o único combustível. Mas, as dificuldades são muitas e o caminho é árduo.
É assim com a estudante de Pedagogia Samara de Lima, de 20 anos. A jovem é uma das que precisam do transporte universitário, geralmente pago pela Prefeitura de São Miguel.
Ocorre que na última sexta-feira (27), a Prefeitura de São Miguel informou que não seria mais possível ceder o transporte para o deslocamento dos estudantes. Cerca de 4 ônibus faziam a rota todas os dias.
Segundo Samara, não foi feito um aviso oficial. Mas, rumores na cidade já cogitavam o corte do transporte. A estudante e outros alunos, sabendo disso, foram até a Prefeitura e conversaram com o secretário municipal de Educação, Luís Marcos Costa.
“Não temos respostas concretas ainda. Eles disseram que os ônibus estão sucateados e iriam propor um projeto que cederá bolsas, para ajudar os alunos a pagar os ônibus. Mas, para isso teriam que aprovar na Câmara, teriam que solicitar uma audiência extraordinária”, declarou a estudante, frisando, “Muitos alunos estão desistindo”.
Não é de hoje que os universitários de São Miguel sofrem com o problema no transporte. No ano passado, o MOSSORÓ HOJE mostrou a situação de alunos que tinham que pagar transporte privado para se deslocar até a universidade. Em seguida, a Prefeitura decidiu ceder os ônibus e os estudantes pagavam a gasolina.
Samara de Lima explica que o transporte privado custa R$ 150 por mês e cita que nem todo aluno tem esse dinheiro para pagar. Ela conseguiu o dinheiro e pagou o veículo para ir estudar.
“Mas, a gente sabe que não é todo mundo que tem R$ 150 para pagar o ônibus. São Miguel é uma cidade de gente humilde e tem casa que tem mais de um estudante. Então, muita gente não tem o dinheiro, sem falar que a gente tem outras coisas para pagar, nem todo mundo tem esse dinheiro”, enfatizou a jovem, que está no 8º período do curso.
Em entrevista ao MOSSORÓ HOJE, o secretário municipal de Educação, Luis Marcos, informou que a Prefeitura foi obrigada a fazer o corte porque teve que fazer uma escolha: dar prioridade ao transporte dos estudantes da rede municipal.
Segundo Marcos, “foram encontrados 47 paus-de-arara, fazendo o transporte dos alunos, então a Prefeitura pretende priorizar a rede municipal, mas o transporte universitário também está sendo garantido”.
O secretário explicou que a atual gestão encontrou a frota de ônibus do município totalmente sucateada. “Sem condições de uso”, como definiu Marcos Costa. No total, são 13 os veículos que fazem o transporte dos alunos da rede municipal, estadual e universitária.
A Prefeitura abriu um processo licitatório em caráter de emergência para fazer a recuperação da frota.
Diante disso, a Prefeitura decidiu alterar a lei estudantil municipal, acrescentando o pagamento de uma bolsa-auxílio aos estudantes universitários, para que eles possam custear o transporte privado para ir à universidade.
“Estamos fazendo uma convocação extraordinária na Câmara Municipal para aprovação, também vamos fazer a recontagem de quantos são os alunos. O valor do auxílio ainda está sendo definido. Garantimos que ainda nesse mês de fevereiro será resolvido”, conclui o secretário de Educação.
Por outro lado, estudantes relatam que o pagamento do auxílio já consta na lei municipal que garante o transporte aos universitários. O estudante de Economia, Rangel Vieira, afirmou que há estudantes que já receberam o pagamento. Portanto, esse auxílio não seria novidade, pois já está inclusa na lei. "A lei da bolsa de R$ 100 reais já existe há dois anos e é para quem estuda fora. Então temos direito a bolsa, não sei o porque dessa audiência extraordinária", relatou o universitário.