25 ABR 2024 | ATUALIZADO 18:29
MOSSORÓ
Da redação
02/02/2017 11:56
Atualizado
09/12/2018 00:17

MPF/RN recomenda separação de facções no presídio federal de Mossoró para evitar confrontos

Documento expedido pelo MPF alerta que membros de pelo menos duas facções - Família do Norte e Comando Vermelho - já dividem alas dentro do presídio, compartilhando espaços de vivência e de banho de sol.
Divulgação
O Ministério Público Federal em Mossoró (MPF/RN) enviou uma recomendação ao Ministério da Justiça e ao Departamento Penitenciário Nacional (Depen) para que seja providenciada a total separação dos presos pertencentes às diferentes facções criminosas, dentro da Penitenciária Federal localizada nomunicípio.

De acordo com o MPF, em uma inspeção realizada na terça-feira (31), o procurador da República Emanuel Ferreira conversou com diretores e chefes administrativos da penitenciária e ouviu relatos quanto ao temor dos agentes de que, devido ao aumento do número de presos, não seja mais possível efetuar a devida separação das facções, de modo a evitar possíveis confrontos.

O documento expedido pelo MPF alerta que membros de pelo menos duas facções - Família do Norte (FDN) e Comando Vermelho (CV) - já dividem alas dentro do presídio, compartilhando espaços de vivência e de banho de sol.

A unidade prisional comporta 208 presos e hoje conta com 151 custodiados, porém, como esse número já corresponde a mais de 72% da capacidade total, tem se tornando cada vez mais difícil assegurar a total separação das facções.

Recentemente, inclusive no próprio Rio Grande do Norte, facções criminosas se enfrentaram dentro de presídios estaduais, levando à morte de mais de uma centena de presos, além de fugas e ataques fora dos presídios, que levaram temor à população. 

Por isso mesmo, o MPF entende que já se justifica uma atuação preventiva por parte do Ministério da Justiça e do Depen em relação à penitenciária em Mossoró.

O Ministério Público Federal recomenda que esses órgãos apliquem “quaisquer medidas que julgar tecnicamente viáveis para o alcance de tal fim, como, por exemplo, promover a transferência de presos para outra Unidade Prisional Federal com menor número de custodiados”. 

Os gestores responsáveis terão 60 dias para enviar à Procuradoria da República em Mossoró a documentação comprovando se as medidas foram efetivadas. Caso a recomendação não seja atendida, o MPF poderá adotar ações tanto judiciais quanto extrajudiciais.

Com informações MPF-RN

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