Pacientes que procuram a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do bairro Belo Horizonte estão encontrando o setor de ortopedia fechado desde o dia 1º desse mês, quando os plantões foram suspensos pela clínica que presta o serviço à Prefeitura.
De acordo com o diretor da Sociedade de Ortopedia de Mossoró, Manoel Fernandes, o atendimento foi interrompido devido a atrasos salariais. “Desde outubro que os médicos estão sem receber. Obedecemos o prazo legal previsto em contrato e suspendemos o atendimento ao completar 120 dias de atraso”, detalhou.
Ainda segundo Manoel Fernandes, o atual secretário municipal de Saúde, Benjamim Bento, não demonstrou interesse em dar continuidade ao serviço. “Estamos sem perspectiva, e quem perde é a população, pois o Hospital Regional Tarcísio Maia só atende casos de urgência e emergência, casos de baixa e média complexidade só na UPA do BH, a única que oferecia esse atendimento”, relata.
Diariamente, entre 60 e 100 pacientes eram atendimentos no setor de ortopedia da Unidade de Pronto Atendimento do Belo Horizonte. “Essas pessoas estão desassistidas. Cirurgias ortopédicas pelo SUS e consultas no PAM do Bom Jardim também estão paralisadas, desde setembro do ano passado, por atrasos salariais”, destaca Manoel Fernandes, acrescentando que, somados, os débitos do Município com a clínica ultrapassam os R$ 500 mil.
A suspensão do atendimento acontece ao mesmo tempo que as receitas na Prefeitura crescem.
Em janeiro, o Município recebeu R$ 3,1 milhões a mais em repasses da União e do Governo do Estado, em comparação com o mesmo período do ano passado.
O MOSSORÓ HOJE solicitou, por email, um posicionamento oficial da Prefeitura de Mossoró sobre o assunto, no entanto a assessoria de comunicação do Município não tem mais respondido a nenhuma solicitação de informação feita pelo portal.