29 MAR 2024 | ATUALIZADO 18:35
POLÍTICA
Da redação
06/02/2017 13:14
Atualizado
13/12/2018 00:39

“Não é caça às bruxas”, diz Izabel ao apresentar detalhamento financeiro da Câmara de Mossoró

De acordo com os números apresentados pela presidente, a gestão do ex-vereador Jório Nogueira deixou um débito de R$ 508.678,09. Izabel anunciou ainda que fará licitação para todos os serviços da Câmara
Cezar Alves/MH
A vereadora Izabel Montenegro (PMDB), presidência da Câmara Municipal de Mossoró, apresentou na tarde desta segunda-feira, 6, o detalhamento da situação financeira encontrada por ela ao assumir o comando da Casa Legislativa, em 1º de janeiro deste ano.

De acordo com os números apresentados pela parlamentar, a gestão do ex-vereador Jório Nogueira deixou um débito de R$ 508.678,09 a credores como o INSS, Previ Mossoró, Cosern, Quixote Comunicação, Oi, Fundação Aldenor Nogueira, entre outros.

Antes de iniciar a apresentação, Izabel frisou que não se tratava de um "caça às bruxas", mas sim de um ato necessário para dar mais transparência aos atos do Poder Legislativo. Durante a explanação, estão sendo detalhados pontos como o orçamento da Câmara para o ano de 2017, a análise de aumentos dos salários dos vereadores e servidores. ASSISTA:
 

Vereadores presentes à apresentação fizeram apontamentos sobre os números revelados e situações enfrentadas recentemente pela Câmara de Mossoró. É o caso de Genilson Alves, que relembrou a exoneração em massa promovida de servidores comissionados promovida por Jório Nogueira no início de dezembro do ano passado. "Nós ganhamos um constrangimento na gestão do ex-presidente. Os servidores não puderam dar presente de Natal aos seus filhos", disse.

Genilson também afirmou que fazia solicitações dos balancetes da Câmara, com informações sobre os gastos, mas estes documentos, segundo ele, chegavam incompletos. Já o vereador Ricardo de Dodoca comentou que, em oito anos de mandato, é a primeira vez que se faz detalhamento das finanças da Casa Legislativa. Izabel respondeu que apresentará no dia 20 de cada mês.

Estreando no Poder Legislativo, o vereador Rondinelli Carlos destacou a importância de se realizar, mês a mês, reuniões para se discutir e resolver os gargalos enfrentados pela Câmara. Petras Vinícius endossou o discurso do colega parlamentar, cobrando uma gestão transparente e participativa.

"Nós fomos omissos nestes anos todos quanto à clareza que a senhora está tendo, Izabel. Deveríamos ter cobrado isso dos outros gestores da Câmara", afirmou o vereador Flávio Tácito, cobrando ainda punição para gestores que tenham cometido falhas nessas prestações de contas. Na sequência, a parlamentar Aline Couto parabenizou a presidente pela iniciativa. "Temos aqui contrato com ar-condicionado e aparelhos que não funcionam. Tem que resolver. É necessário transparência", complementou a vereadora.

Mas o detalhamento de Izabel não foi unanimidade entre os presentes. O vereador Alex do Frango solicitou à presidente que as informações apresentadas fossem mais claras. CLIQUE imagem abaixo e confira o detalhamento na íntegra:



Fundação Aldenor Nogueira

A Fundação Aldenor Nogueira, criada para gerir a TV Câmara Mossoró, foi alvo de questionamentos pela  vereadora Sandra Rosado, que ficou espantada com o valor previsto para ser direcionado à entidade este ano: R$ 600 mil. Izabel enfatizou que todos os serviços da Casa serão licitados, inclusive os prestados pela Fundação.

Reforma, salários e comunicação

Sobre a reforma no prédio que abriga a Câmara Municipal, assunto levantado em plenário por Alex Moacir, Izabel afirmou que o proprietário está recuperando o imóvel e fará revisão elétrica e hidráulica.

Já em relação aos custos com o aumento salarial dos vereadores e servidores efetivos, cujo impacto no orçamento será de R$ 1.051.605,44, a presidente, respondendo a um questionamento do vereador Francisco Carlos, garantiu que não haverá demissões no final do ano para equilibrar as receitas/despesas. "Está tudo dentro do planejado", disse.

O vereador Raério Cabeção questionou os valores previstos para serem investidos em Comunicação, que totalizam R$ 1,2 milhão. "É um absurdo", comentou. "Nós vamos licitar tudo", enfatizou Izabel Montenegro.

Segundo a presidente, o reequilíbrio financeiro da Casa Legislativa passa pelo corte de 50% do total de cargos comissionados. Outro fato que ajudará a manter as contas em dia é a abdicação do salário da vereadora Sandra Rosado, que anunciou não querer receber os R$ 12,6 mil a que tem direito legalmente.
 

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