28 MAR 2024 | ATUALIZADO 17:09
ESTADO
Da redação
07/02/2017 06:03
Atualizado
13/12/2018 21:37

Sesap desmente boatos sobre mortes de macacos por febre amarela no RN

Segundo Secretaria do Estado de Saúde, Rio Grande do Norte não é área de transmissão da doença, não necessitando de vacina. Boatos se espalharam informando que macacos haviam morrido com a doença em Natal e região Metropolitana
A Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) informou nesta segunda-feira (06), que o Rio Grande do Norte não é considerado pelo Ministério da Saúde área de transmissão da febre amarela. Diversos boatos se espalharam pela internet informando que macaos haviam morrido com a doença em Natal e região Metropolitana e pedindo para a população procurar a vacina. 

Segundo a Sesap, desde 1942 que não são registrados no Brasil casos desta doença no meio urbano.

“Saúde pública não é brincadeira. Quando você dissemina boatos ou informações falsas contribui para que a população entre em pânico e atrapalha os profissionais de saúde, que deixam de fazer o seu trabalho para esclarecer boatos, deixando de dar atenção ao que realmente é verdade”, explicou Cintia Higashi, subcoordenadora de Vigilância Ambiental (SUVAM) da Sesap.
Na secretaria, dentro da Subcoordenadoria de Vigilância Ambiental, a Vigilância de Epizootias investiga a morte ou adoecimento de primatas em parceria com as secretarias municipais de saúde e os órgãos de vigilância ambiental como IBAMA e Polícia Ambiental.

Em 2016, foram registradas 23 ocorrências envolvendo primatas no Rio Grande do Norte. Até o momento nenhuma delas está relacionada com registro positivo de febre amarela. 

“Os primatas atuam como animais sentinelas para a febre amarela e não são os responsáveis pela transmissão da doença. Eles são tão vítimas quanto o homem e nos ajudam a identificar antecipadamente a circulação viral” esclarece Cintia Higashi.

A Sesap orienta para que caso a população encontre algum primata (macaco) doente ou morto, entre em contato com o Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS) pelos telefones: 0800 281 2801 ou 3232-2801.

A febre amarela possui dois ciclos de transmissão, o urbano e o silvestre. Os recentes casos de febre amarela nos estados de Minas Gerais e Espírito Santo estão relacionados com o ciclo da doença no meio silvestre, quando as pessoas não imunizadas adentram as matas ou residem em áreas próximas.

A vacinação contra a febre amarela é recomendada às pessoas que residem ou viajam para regiões silvestres, rurais ou de mata, para as quais há recomendação desta vacina. Todos os municípios estão abastecidos com a vacina e o RN tem estoque suficiente para atender a população nas situações recomendadas.

A Sesap alerta para a necessidade dos municípios em informar e vacinar viajantes que se dirigem para áreas onde é obrigatória a certificação da vacina contra a febre amarela e ainda, que não há critérios epidemiológicos para recomendação de vacina para a população que permanece no RN.

Os estados do Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Espírito Santo e Rio de Janeiro estão fora da área de recomendação para a vacina.
 

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