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ESTADO
Da redação
10/02/2017 07:53
Atualizado
13/12/2018 21:38

"O passado condena Macau", diz prefeito ao anunciar cancelamento das festividades de carnaval

Cancelamento da festa é uma recomendação do Ministério Público Estadual. Prefeito Túlio Lemos argumentou que a festa custaria apenas 5% do valor do carnaval de 2015; sugestão não foi aceita pelo MPRN
Reprodução
O prefeito de Macau, Tulio Lemos, anunciou na manhã desta sexta-feira (10), que vai acatar a recomendação do Ministério Público Estadual e não irá realizar carnaval este ano. O gestor atribuiu a recomendação do MP aos problemas ocorridos em gestões passadas, a exemplo da Operação Máscara Negra, que investigou desvios de recursos da prefeitura, na gestão de Flávio Veras. 

"Infelizmente, o passado condena Macau e reflete hoje na recomendação do MP para a prefeitura não gastar com carnaval", justificou Lemos. 

O anúncio do prefeito foi feito através de Live do Facebook, após reunião com a Promotora de Justiça, Isabel Menezes, onde ele detalhou as investidas para realizar o evento, evitando custos para a prefeitura. 

O prefeito esclareceu no documento entregue ao MP, que mesmo diante da frustação dos projetos de parcerias com a iniciativa privada, a prefeitura estava propondo fazer um bom carnaval com dois trios elétricos e o mela-mela nas ruas a um custo de R$ 199 mil, valor correspondente a 5% do investimento pela prefeitura com o último Carnaval em 2015.

Mesmo diante dos argumentos apresentados acerca da viabilidade econômica da festa para a cidade, a Promotora Isabel Menezes fez suas alegações com uma radiografia administrativa, apontando os principais problemas que passa o município e manteve a recomendação que já havia publicado pela não realização do evento este ano.

“Infelizmente o passado de corrupção condena Macau e reflete hoje no presente”, disse o prefeito se referindo à operação batizada pelo Ministério Público de Máscara Negra, que apontou desvio de milhões, por meio de superfaturamento de bandas, trios elétricos e estrutura para realização de carnaval na cidade. 

Para Tulio, a sangriade outrora nos cofres públicos trouxe danos à imagem da maior festa da cidade e colaborou para o estado de calamidade administrativa em que vive o município salineiro.

Com a decisão do prefeito, repercutida nas redes sociais, Macau pelo segundo ano consecutivo “vela” o seu maior patrimônio cultural, reconhecido em lei em 2015 pela Assembleia Legislativa.

O prefeito Tulio Lemos compareceu ao Ministério Público acompanhado do presidente da Câmara Municipal, vereador Jairton Medeiros-Pintinho, da Assessora Jurídica do município, a advogada Juliana Perez, do assessor de Gabinete Maxwel Almeida e do empresário Gustavo de Souza, presidente da Associação Macauense de Desenvolvimento Turístico-AMDESTUR.

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