28 MAR 2024 | ATUALIZADO 09:07
POLÍCIA
Da redação
16/02/2017 13:16
Atualizado
14/12/2018 00:40

Marcinho Ureia é absolvido do assassinato do adolescente Marcos Arthur, ocorrido janeiro de 2016

Conselho de Sentença, formado por sete pessoas da sociedade, aceitou a argumentação dos advogados de defesa de que não havia provas para incriminar o réu, apesar do crime ter 9 testemunhas
Franscelino Góis
O Conselho de Sentença decidiu por absolver, por falta de provas, o Márcio Leomar Freire de Freitas, o Marcinho Ureia, de 22 anos, do bairro Belo Horizonte, da acusação de homicídio contra o adolescente Marcos Arthur de Sousa Medeiros, o Maguinho (17 anos), em Mossoró.

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Martos Artur foi assassinado a tiros às 14h30 do dia 5 de fevereiro de 2016, na Rua Fábio Menescal Jales, no bairro Aeroporto II, na frente de várias testemunhas. Marcinho Ureia não tinha como alvo o Marcos Arthur. Na verdade, ele procurava matar Thales Braga.

Ao chegar ao local, Marcinho Ureia perguntou a Marcos Arthur: "cadê Thales Braga?". Arthur saiu correndo para avisar ao amigo que Marcinho Ureia estava o procurando para matá-lo e terminou morto antes. Thales Braga conseguiu fugir neste dia.

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O caso foi investigado pelos agentes da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa, de Mossoró. Em contato com o MOSSORÓ HOJE, os agentes que conversaram com as vítimas e testemunhas, afirmaram não ter dúvidas que Marcinho Ureia cometeu o homicídio.

Aliás, conforme Ailson Rodrigues, além deste crime, Marcinho Ureia é o principal investigado em outros quatro homicídios. Ele considera o acusado julgado e absolvido de alta periculosidade. Sobre o resultado do julgamento: “eu só tenho a lamentar”.

No processo foram ouvidas nove testemunhas. A denúncia no processo foi feita pelo promotor de Justiça Ítalo Moreira Martins, mas a exposição do caso nesta quinta-feira, 16, em plenário do Tribunal do Júri Popular, foi feita pelo promotor Armando Lúcio Ribeiro.

Armando Lúcio, após apresentar o que havia de provas no processo (muito pouco – falta pericia criminal consistente) pediu a condenação do réu por homicídio qualificado, que o Código Penal prevê pena de 12 a 30 anos de prisão, sendo maior ou menor as provas.

Já os advogados de defesa Antônio Tomaz Neto e Ireno José dos Santos Lima trabalharam a tese de negativa de autoria. Sequer o processo apontou quem estava com Marcinho Ureia (no caso, coautor) no dia que ele matou o jovem Marcos Arthur.

Após as exposições, o Conselho de Sentença, em sala secreta, decidiu por absolver Marcinho Ureia do crime. Com base no que foi decidido pela sociedade, o juiz Vagnos Kelly Figueiredo de Medeiros leu a sentença de absolvição e deu por encerrado o julgamento.




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