28 MAR 2024 | ATUALIZADO 18:35
VARIEDADES
Da redação
17/02/2017 08:14
Atualizado
14/12/2018 05:36

'Valeu a pena gastar horas estudando', diz potiguar convidado para trabalhar na Microsoft

Lucas Pinheiro Otaviano, 22 anos, é aluno do Instituto Metrópole Digital, da UFRN. A Microsoft conheceu seu site e logo se interessou por seu trabalho. Ele começa a trabalhar em outubro de 2018
Cedida
Apaixonado por videogames e computação, Lucas Pinheiro Otaviano André, 22 anos, aluno concluinte do Bacharelado em Tecnologia da Informação do Instituto Metrópole Digital (IMD/UFRN), poderá transformar seu hobby em ferramenta de trabalho. Curioso e estudioso sobre emulação de videogames, engenharia reversa, vulnerabilidade de software, assembly e hacking, Lucas vê seu sonho transformar-se em realidade: foi convidado para trabalhar na Microsoft, na área de segurança de software (Security Software Engineer), em Redmond, Washington (EUA).

Lucas termina sua graduação (BTI) na UFRN neste semestre e já começa a trabalhar em outubro próximo. O primeiro contato da Microsoft com seu mais novo contratado foi em dezembro de 2016, quando um dos profissionais que trabalha na área de segurança de software da empresa viu o site de Lucas (http://st4rk.net/) e começou a segui-lo em suas redes sociais (Twitter), nas quais ele publicava seus trabalhos e estudos referentes à área de computação.

A partir daí o contato foi rápido, culminando em uma entrevista técnica, via Skype, no dia 5 de fevereiro, feita por uma equipe de cinco engenheiros e, posteriormente, veio a notícia de sua contratação.

Extremamente modesto e tímido, Lucas Pinheiro agradece sua indicação “primeiramente a Deus”, mas reconhece que, para chegar aqui, foi preciso também anos de estudo e dedicação.

“Valeu a pena gastar horas e horas estudando, em vez de estar fazendo outra coisa”, reconheceu. Ele também agradece o apoio dos professores Ivanovitch Medeiros Dantas da Silva e Diomadson Rodrigues Belfort. 
(esq.) Diomadson Rodrigues Belfort, Lucas e Ivanovitch Medeiros Dantas da Silva / Foto: Larissa Cavalcante.

Aluno da primeira turma do Bacharelado em Tecnologia da Informação do IMD, cujo início foi em 2013, Lucas se dedicou mais à ênfase livre e Sistemas Embarcados – “meu coração é sistemas embarcados”, confessou.

Foi monitor das disciplinas Organização e Arquitetura dos Computadores e Sistemas Operacionais, a partir das quais participou de projetos de engenharia reversa no protocolo de comunicação do sistema de ar condicionado do IMD, além de outros projetos, como o de tranca eletrônica utilizando TOTP e protocolos de carros com OBD.

Em 2014 iniciou o seu blog/site, ao mesmo tempo em que começou a se dedicar à leitura da literatura computacional em inglês. “Temos pouca literatura, nessa área, em português”, lembrou.

Assim, foi também nesse período que começou a estudar inglês, sozinho (autodidata), para poder progredir em seus estudos e fazer suas postagens em inglês. Caso contrário, o seu site não teria a visibilidade que tem.

Em 2016 se candidatou a uma vaga no Programa Andifes de Mobilidade acadêmica, com bolsa do Santander, passando em primeiro lugar. Foi para Porto Alegre (RS) estudar durante um ano na Universidade Federal do Rio Grande do Sul, onde cursou Engenharia da Computação. Lá também aprendeu muito, especialmente na área de computação gráfica.

Filho de Eudes Pinheiro André (construtor) e Kátia Maria Otaviano Pinheiro, Lucas Pinheiro estudou na Escola Piaget (Conjunto Cidade Satélite) e conta que a computação sempre foi sua meta e seu hobby. E, talvez por isso, nunca teve dúvida de qual carreira seguir. Quando criança, ele relata, desmanchava os carrinhos de brinquedo para reconstruí-los. Sempre soube que seu hobby seria seu instrumento de trabalho.

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