25 ABR 2024 | ATUALIZADO 16:54
ESTADO
Cezar Alves
18/02/2017 06:53
Atualizado
14/12/2018 08:01

“Estamos vendo aqui a grandeza de Deus”, diz moradora da zona rural de Apodi mostrando enchente

Lagoas, açudes e barragens de Pau dos Ferros, Apodi e Caraúbas começam a receber grandes volumes de água em função das chuvas que caíram no Alto Oeste na madrugada/manhã deste sábado, 18: Veja VÍDEOS E FOTOS
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A chuva forte em todo Oeste do Estado do Rio Grande do Norte elevou o volume dos principais reservatórios de água doce da região: Lagoa do Apodi, Barragem de Santa Cruz, de Pau dos Ferros e Açude de Apanha Peixe, em Caraúbas.

Em Pau dos Ferros a água invadiu o centro da cidade inundando supermercados, lojas, casas e até a Câmara Municipal. Os feirantes, para não perderem seus produtos, tiveram que sair rápido do local. A barragem também recebeu um volume significativo de água.

Alagamentos no Centro da cidade de Pau dos Ferros em vídeo

Em Apodi, os moradores comemoram a cheia do rio que corta a localidade de Queimadas. "Hoje amanhecemos muito feliz porque estamos vendo aqui a grandeza de Deus, muita água, muita enchente, na comunidade de Queimadas", narra a moradora Aline.

Em Apodi, as fortes pancadas de chuvas na chapada e na região entre Caraúbas e Umarizal, levou um volume enorme de água para a bacia do rio Apodi/Mossoro, fazendo repressar para dentro da Lagoa do Apodi, que estava com as comportas fechadas e foram abertas pelos moradores na manhã deste sábado, 18.

"Muita alegria ao acordar e me deparar com as informações de muitas chuvas na nossa região. Maravilhoso e Grandioso é o nosso Soberano Deus. Obrigado Senhor por toda essa dádiva que está proporcionando a nós nordestinos", diz o morador Alan Rodrigues.

O grande volume de água já está chegando na Lagoa do Apodi, que está completamente seca. Os moradores se apressaram na manhã deste sábado para abrir as comportas, pois havia duas fechadas, e assim, a lagoa encher mais rápido.

Com a abertura das comportas e um intervalo nas chuvas, os moradores foram conferir a chegada da água na Lagoa, que é o principal patrimônio cultural e ambiental do município, considerando que a cidade surgiu ao redor da logoa e sua abundância de alimentos.

"Ela vai já encher, porque choveu muito em todo canto", diz o bombeiro Moésio Marinho, que é de Apodi e trabalha em Mossoró. Segundo ele, a Barragem de Santa Cruz também está recebendo um enorme volume de água vindo do Alto Oeste.

Mesmo com a inundação, os moradores estão felizes, registradando o grande volume de água na comunidade de Bamburral, na região entre Apodi e Caraúbas. O Rio Umari, que abastece o Açude de Apanha Peixe, transbordou, inundando casas.

A "cheia" do rio Umari é mostrada em vídeo pelo sindicalista Agnaldo Fernandes.

Ainda não foi divulgado oficialmente pela Empresa de Pesquisa Agropecuária (EMPARN) o volume total de chuvas no Alto Oeste, porém os relatos apontam que os pluviômetros registraram de 60 a 180 milímetros.

Barragem de Santa Cruz
O volume de água chegando a Barragem de Santa Cruz, que armazena até 300 milhões de metros cúbicos de água, era tão grande, que a rodovia de acesso ao sangradouro foi destruída pela força das águas. O rompimento da rodovia ocorreu extamente porque os bueiros não deram conta do volume de água.


Nas outras regiões do Rio Grande do Norte também foram registradas chuvas. Em Mossoró choveu pouco, porém se alegra com intensidade das chuvas no Alto Oeste, que abastece os reservatórios como Santa Cruz e a bacia hidrográfica Apodi/Mossoró, que ganha a capital do oeste.

Nas regiões do Vale do Açu e Central, também chega notícias na redação do MOSSORO HOJE que ocorreram pancadas de chuvas. O mesmo na região Seridó, especialmente perto da divisa com o Estado da Paraíba (PB), onde foram registradas chuvas fortes também no Alto Sertão.

Em Jardim de Piranhas, por exemplo, foram registradas enxurradas que arrastou carros no Centro da cidade. As chuvas fortes na região do Alto Sertão da Paraíba e no Seridó é considerado muito bom, pois abastece as barragens Coremas, Mãe D'Água, na Paraíba; e Engenheiro Armando Ribeiro Gonçalves, no RN, que estão pracamente secas, sem função dos cinco anos de seca que a região Nordeste enfrenta.
 

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