Professores que atuam no Programa Nacional de Inclusão de Jovens (Projovem Campo), em Mossoró, estão apreensivos com a decisão da Prefeitura de não efetuar o repasse dos salários em aberto desde agosto do ano passado. O dinheiro já está na conta do Município, conforme informou uma docente que preferiu não ser identificada. A informação também foi confirmada pela própria secretária de Educação, Magali Delfino.
“A Secretaria justifica que existe uma ação no Ministério Público, mas a ação é justamente sobre salários atrasados. A situação está difícil, porque o dinheiro já está na conta do Município e não é feito o repasse. Falam em problema junto à empresa que nos contratou, que é de Cajazeiras, na Paraíba, e a Prefeitura, mas precisamos dos nossos salários, até porque ele vem do FNDES, já foi encaminhada”, enfatiza a professora ouvida pela reportagem.
Segundo a docente, mais de 100 alunos, que não concluíram o Ensino Fundamental, integram hoje o Projovem Campo, com aulas em comunidades Jucuri, Assentamento Apodi, São Romão e Lagoa de Pau. “São em média seis escolas, com aproximadamente quatro professores por escola. O Programa tem previsão de acabar em das aulas”, alerta a professora.
O MOSSORÓ HOJE entrou em contato com a secretária de Educação, Magali Delfino. Ela confirmou que o dinheiro está na conta do Município, que a situação do Projovem Campo é “delicada”. “Já tive uma audiência com o MP, estou aguardando um parecer da assessoria jurídica. Tudo está sendo estudado. O pagamento não será autorizado enquanto eu não tiver clareza da contratação dessa empresa”, justificou.