“Nós temos o maior interesse em garantir a manutenção do Almeida Castro. Vamos resolver esse impasse”. A declaração foi dada ao deputado estadual Manoel Cunha Neto (PHS), o “Souza”, pela secretária-chefe do Gabinete Civil do Governo do Estado, Tatiana Mendes Cunha.
O parlamentar pediu a liberação de recursos para garantia de pagamento a algumas categorias médicas que migraram do Hospital da Mulher Parteira Maria Correia, fechado em setembro do ano passado em Mossoró, para o Hospital Maternidade Almeida Castro (HMAC).
“O Almeida Castro é um modelo que tem dado certo e vamos vencer os entraves burocráticos relativos à abertura orçamentária para atender a esses compromissos”, acrescentou Tatiana Mendes.
Segundo Souza, “meu apelo à secretária é o eco de mães, bebês e familiares carentes de cerca de 68 municípios do estado, que precisam do Almeida Castro e temem que haja colapso definitivo dos serviços”.
O HMAC está sob intervenção da Justiça Federal desde setembro de 2014. Além dos atrasos das cooperativas médicas, o Hospital também vem sofrendo atraso no repasse da parcela mensal de R$ 438 mil, que deve ser transferida pelo Governo, conforme acordo estabelecido no dia 28 de setembro do ano passado com o juiz federal Orlan Donato. As parcelas dos dias 20 de janeiro e 20 de fevereiro estão em aberto.
O Hospital ainda enfrenta dificuldades desde que a prefeita Rosalba Ciarlini assumiu o comando do Poder Executivo de Mossoró. O Município vem segurando os repasses feitos a cada dia 10 pela União referentes à Rede Cegonha (cerca de R$ 197 mil), contratualização de entidades filantrópicas (aproximadamente R$ 271 mil) e produção (R$ 500 mil).
Esse mês, por exemplo, esse repasse ainda não foi feito, mesmo os recursos já tendo sido repassados pelo Governo Federal à Prefeitura no último dia 10. Com isso, até mesmo o pagamento dos servidores do Hospital, cerca de 470, está sendo comprometido.