O promotor de Justiça criminal Ítalo Moreira Martins, assim como dezenas, centenas de norte-rio-grandenses, procurou as redes sociais para opinar a respeito da chacina no Baile da Favela na noite deste sábado, 11, no bairro Bom Vista, zona sul de Mossoró/RN.
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Para o promotor de justiça Italo Moreira Martins, que conhece bem a área criminal na região de Mossoró, o quadro de violência, de medo das famílias e crimes violentos e até de chacinas com esta que ocorreu na Boa Vista, tende a piorar.
“A chacina é uma dose mais forte de uma criminalidade que dia a dia e nos chega em conta-gotas. Como desprezamos "as gotas" dessa criminalidade elas ganham volume e ficam sem controle. Antes de uma chacina, antes de um homicídio, muitos crimes menores ocorreram, sob a omissão do estado e por vezes com aceitação da sociedade”, escreveu o promotor.
“O que vem nos causando perplexidade não surge da noite para o dia, nem é fruto do acaso. E a pior constatação: tende a piorar”, conclui o promotor Italo Moreira Martins.
A opinião do promotor de Justiça é confirmada pelos números estatístico da Violência homicida no Rio Grande do Norte, apontado com precisão pelo Observatório da Violência, assim como pelos atos de Governo do Estado e também do município.
Em Mossoró, só nos primeiros 72 dias de 2017 já foram registrados 50 Condutas Violentas, Letais e Intencionais. No RN foram 484. Se em 2016 foi o ano mais sangrento da história, 2017 começa dando sinais que vai ser ainda pior.
O quadro de reação que poderia frear a criminalidade Mossoró, as Bases Integradas Cidadã, através das quais a Prefeitura pagava diárias para policiais militares em dias de folga ficar patrulhando a cidade, foi desfeita pela atual prefeita Rosalba Ciarlini.
Quem também trabalhava para segurar o avanço da violência, era a Guarda Municipal de Mossoró, que depois que a atual gestora Rosalba Ciarlini entrou até greve fizeram.
Da parte do Governo do Estado, o primeiro grande passo seria reconstruir a Centro Penal Doutor Mário Negócio e Concluir a ampliação da Cadeia Pública, permitindo assim a retirada de circulação e muitos bandidos, alguns já condenados. Esta obra não foi feita.
O segundo passo era reestruturar a Polícia Judiciária e o Instituto Técnico-cientifico de Policia (ITEP), bem como a Polícia Militar, investir na reformulação das escolas e desenvolver políticas públicas para fortalecer a instituição familiar. Nada disto está sendo feito a contento.
Diante do quadro, o promotor de Justiça Ítalo Moreira Martins, escreveu que tende a piorar.