Vejo a aclamação de João Almino de Souza Filho na Academia Brasileira De Letras – ABL, eleito pela unanimidade dos votos, como uma grande vitória, dentre tantas, que vem conquistando ao longo de sua vida com seus méritos, pois além da inteligência brilhante, desde os 12 anos quando perdeu o seu pai, João Almino de Souza, se revelou como um verdadeiro homem, diante de sua determinação, firmeza, eficiência e perseverança em tudo que faz.
Procedente do Nordeste
, uma das áreas discriminadas pelo sul e sudeste do país, potiguar, natural da cidade de Mossoró, com a morte de seu pai foi com Natália Queiroz (sua mãe) e os 5 irmãos, Pedro Almino, Salete, Fátima, Bernadete e Maria José (
In Memoriam), morar em Fortaleza. Os irmãos ainda hoje moram todos em Fortaleza. Em Mossoró residem apenas alguns primos, paternos – família Almino, Rêgo e Souza; maternos – família Queiroz Negreiros e Queiroz Maciel.
Na sua “vida cigana” como bem diz o primo, fez intercâmbio nos Estados Unidos e depois, no Rio de Janeiro, frequentou o Instituto Rio Branco, seguindo a carreira de Diplomata, sendo reconhecido mundialmente como escritor.
Residiu nas cidades de Beirute, México, Washington, São Francisco, Lisboa, Londres, Miami, Chicago e Madri e agora volta novamente a Brasília, onde residiu em quatro ocasiões e por um período total de mais de 10 anos. Sempre com o pé na estrada.
Foi professor universitário de filosofia e literatura: na Universidade de Brasília, Instituto Rio Branco, UNAM (México), Berkeley, Stanford e Universidade de Chicago.
Em meio a tantos interesses e lugares, a literatura, para ele, “tem sido a companhia mais fiel, por ser igualmente companheira na alegria e na tristeza, na esperança e no desespero, na tranquilidade e na angústia. Escreve ficção todos os dias, mas o mais importante pra ele mesmo é escrever, como quem tem de fazer exercício físico diariamente, pois no seu caso a
“escrita é uma forma de organização do caos da vida”.
OBRAS DO AUTOR:
FICÇÃO
- Ideias para Onde Passar o Fim do Mundo
- Samba-Enredo, 1994.
- As Cinco Estações do Amor
- O Livro das Emoções, 2008.
- Cidade Livre, 2010.
- Enigmas da Primavera, 2015.
- Alguns de seus romances estão traduzidos para o inglês, o francês, o espanhol e o italiano.
NÃO-FICÇÃO:
- Os Democratas Autoritários, 1980
- A Idade do Presente, 1985.
- Era uma Vez uma Constituinte, 1985.
- O Segredo e a Informação, 1986.
- Brasil/EUA, Balanço Poético, 1997.
- Literatura Brasileira e Portuguesa Ano 2000 (org. com Arnaldo Saraiva), 2000.
- Rio Branco, a América do Sul e Modernização do Brasil (org. com Carlos Henrique Cardim), 2002.
- Naturezas Mortas – A Filosofia Política do Ecologismo, 2004.
- Escrita em Contraponto – Ensaios Literários, 2008.
- O diabrete angélico e o pavão: Enredo e amor possíveis em Brás Cubas, 2009
Hoje aposentado da Diplomacia, exerce em Brasília o cargo de Diretor da Agência Brasileira de Cooperação - ABC.
Sua projeção diplomática e intelectual, resultado da sua brilhante trajetória de vida, dignifica e enche de orgulho a sua terra, sobretudo, com a mais recente conquista que marca a história literária do “País de Mossoró”: é o primeiro filho ilustre da terra a ocupar uma cadeira na Academia Brasileira de Letras e o quarto, no Rio Grande do Norte, sendo precedido por Rodolfo Garcia, Peregrino Júnior e Murilo Melo Filho, o que é motivo de grande honra e imensa satisfação para os mossoroenses e acima de tudo para os seus familiares.
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Maria Conceição Maciel Filgueira é Doutora em Ciências Sociais, professora da FDM, escritora, poetisa e artista plástica, foi presidente da AFLAM, é membro das seguintes entidades culturais de Mossoró: ASCRIM, ICOP, SBEC. Em Natal é membro do IHGRN, AJEB-RN, SBPVA-RN, UBE-RN.