Com 12 fábricas, detendo 13% do mercado de cimento brasileiro, o Grupo João Santos, produtor do cimento Nassau, decretou falência oficialmente. A informação é do jornalista Rubens Frota, do jornal "O Estado", do Ceará. A Nassau produz cerca de 6,4 milhões de toneladas de cimento.
O grupo também é detentor de empreendimentos em outras áreas como usinas de açúcar e etanol, de papel e celulose e uma rede de comunicação, a Rede Tribuna.
Segundo Rubens Frota, no epicentro dos problemas do grupo - resultando em atrasos salariais e desvalorização de seus produtos - está a questão familiar.
Uma reportagem produzida pela revista Isto É Dinheiro, em 2010, já anunciava a crise instaurada que, mais cedo ou mais tarde, resultaria na atual situação.
"No entanto, o império do Grupo começou a andar mal das pernas há sete anos, na ocasião da morte do patriarca e presidente do conglomerado, João Pereira dos Santos. Segundo a reportagem, a briga pelo controle do grupo teria de um lado Fernando Santos, José Bernadino Santos e Maria Clara Santos, filhos de João Santos, e do outro lado, as irmãs de João Santos, Ana Maria Santos e Rosália Santos, além de Alexandra. Rodrigo e Maria Helena, filhos do primogênito João Santos Filho, que faleceu na década de 80. As discórdias entre os parentes de João Santos começaram em 2009, durante o inventário de bens deixado por ele", citou o jornalista.
No dia 6 de março deste ano, o grupo João Santos decretou o fechamento de Itapissuma, produtora de cimento hidráulico na cidade de Fronteiras, no Piauí. Ao todo, cerca de 500 funcionários foram demitidos.
O MOSSORÓ HOJE entrou em contato com o escritório da Nassau, em Mossoró, que disse não poder repassar informações, pois, tal competência é da Diretoria Regional, localizada em Recife.
Em seguida, o portal entrou em contato com a sede da empresa em Recife, porém, foi informado por uma servidora que não seria possível falar com a direção da empresa.