25 ABR 2024 | ATUALIZADO 08:06
MOSSORÓ
Da redação
22/03/2017 11:16
Atualizado
13/12/2018 20:21

Pacientes diabéticos não sabem quando receberão insulina da Prefeitura de Mossoró

No final de fevereiro, a prefeita Rosalba anunciou a chegada do medicamento, que não foi suficiente nem para 20 dias. Município não informou quando um novo lote será distribuído pela Secretaria de Saúde
Secom/PMM
No dia 24 de fevereiro, a prefeita Rosalba Ciarlini (PP) utilizou suas redes sociais para anunciar a chegada de insulina para distribuição aos pacientes cadastrados na Secretaria Municipal de Saúde. No vídeo, a gestora deixa transparecer que o problema estaria resolvido, em definitivo. Menos de um mês após o anúncio, os pacientes já estão enfrentando dificuldades novamente.
 
De acordo com fontes ouvidas pelo MOSSORÓ HOJE, o lote que chegou no dia 24 do mês passado não foi suficiente nem mesmo para 20 dias, gerando transtornos aos que necessitam do medicamento de alto custo. Agora, quem busca a Secretaria de Saúde à procura da insulina recebe a informação de que não há previsão para entrega.
 
É o caso de Márcia Fonseca, mãe do adolescente Matheus Vinícius, que precisa diariamente de dois tipos de insulina: a Lantus e a Humalog. “A nova administração publicou um vídeo informando que resolveu o problema. Entregou menos da metade. Recebi dois frascos dos cinco que a médica prescreveu, isso da Lantus, porque a Humalog nem tinha mais. Quando acabou a Lantus fomos informados que a partir do dia 17 desse mês iríamos receber o restante, e agora a gente procura e não tem”, destacou.
 
Diante da omissão do Poder Público, Márcia se vê obrigada a adquirir o medicamento com recursos próprios. Cada frasco da Lantus, contendo 100 unidades, que são suficientes, no caso do seu filho, apenas para três dias, custa em média R$ 133,00. “A gente usa os cartões de crédito, às vezes a família ajuda. Fora a insulina, têm as fitas para teste de glicose, que a caixa custa de R$ 50 a R$ 80, dependendo do aparelho, agulhas, etc. Sem contar a consulta que custa R$ 200 reais e precisa ser feita a cada três meses, que é exigida para entrega quando a insulina chega”, relata.

Até mesmo um grupo no WhatsApp tem auxiliado os pacientes, conta Márica Fonseca: “Nos ajudamos com troca de insulinas e insumos, em alguns casos até doações, como eu mesma já ajudei e fui ajudada. O pior é que não recebemos, do Município, justificativa. Na maioria das vezes quando ligamos, a pessoa só fala que não tem, com tom de voz desprezível. O vídeo postado pela administração (falando da chegada do medicamento) foi tipo pra gente se entreter por uns dias”, desabafa.
 
Vereador cobra regularização de fornecimento

O vereador Rondinelli Carlos (PMN), por meio de requerimento oral, solicitou à Prefeitura informações sobre o prazo para regularização do fornecimento de insulinas. Conforme exposto pelo parlamentar, vários pacientes estão sendo prejudicados, “muitos não têm condições de adquiri-las e consequentemente podem vir a ter diversas complicações devido à falta da medicação”, frisou o edil.
 
Município não se pronuncia
 
O MOSSORÓ HOJE encaminhou email para a Secretaria de Comunicação Social questionando o prazo para regularização da situação denunciada na reportagem. O pedido feito pela reportagem na tarde desta terça, 21, foi ignorado e até o momento não houve qualquer resposta.
 
Não sei, mas somos um grande número. Temos um grupo nos wpp onde nos ajudamos com troca de insulinas e insumos, em alguns casos até doações, como eu mesma já ajudei e fui ajudada
 
 

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