25 ABR 2024 | ATUALIZADO 18:39
ESTADO
Da redação
27/03/2017 05:33
Atualizado
14/12/2018 06:32

RN é segundo melhor do país em avaliação de universitários de Medicina

Em nota média, o Estado ficou em segundo lugar no país, atrás apenas do Ceará. Já em nota máxima, ficou na 8ª colocação, ou seja, entre os 10 melhores desempenhos do Brasil.
Divulgação
O Rio Grande do Norte obteve segunda melhor média na Avaliação Nacional Seriada dos Estudantes de Medicina, uma nova avaliação intermediária realizada com estudantes de medicina no país. Essa é a primeira vez que a avaliação acontece, contemplando alunos do 2º e 4º anos. 

A informação foi comemorada em rede social pelo professor Rubens Ramos, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), neste sábado (25).  O resultado nacional foi divulgado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). 

De acordo com a avaliação, no ranking final, o Rio Grande do Norte ficou em segundo lugar com média 103,7, atrás apenas do Ceará, que atingiu média 104,2. 

Segundo Rubens Ramos, o resultado para o RN é espetacular. "Na nota média, ficou em segundo lugar, colado no Ceará a 0,5 pontos, e à frente de PE em 1,1. Para uma outra comparação, a nota média dos acadêmicos de medicina do RN foi 3,4 pontos acima de SP", detalhou o professor. 

O pódio dos três estados com melhores médias em medicina do Brasil são todos do Nordeste - CE, RN, PE. Ouro, Prata e Bronze. Ainda, cinco dos nove estados nordestinos tiveram nota média acima da média nacional.

Apesar de Maranhão, Paraíba, Alagoas e Bahia terem puxado para baixo, na comparação regional o trio CE-RN-PE puxou para cima e o Nordeste (101,1) junto com o Sul (101,5) ficou com média acima da média do Brasil. Sudeste, Centro-Oeste e Norte ficaram com nota média abaixo da média nacional (100). 



Na nota máxima geral, porém o RN precisa melhorar, é o que avalia o professor da UFRN.  "Tomando o melhor aluno ou aluna de cada estado, o RN ficou posicionado em 8º lugar, meritoso grupo dos 1/3 melhores, e Top 10. O trio das melhores médias, CE-RN-PE ficou junto nos 130 pontos, “empate técnico” em 6º, mas foi substituído no top das notas máximas por SP-MS-MG.

Ainda segundo Rubens Ramos, em outro comparativo, a quantidade de alunos avançados, os Top alunos do país, aqueles com resultado maior ou igual a 120 (que equivale a mais dois desvios da média), o que represesenta  os 2,7% melhores alunos do Brasil, o RN também se destaca com 3,1% de seus alunos nessa posição, atrás apenas de CE (5,2%) e nosso oposto geográfico o RS (4,0%). No país foram 1,9% de alunos avançados e apenas RS, CE, RN, PR, MG, SP e PE, nessa ordem, ficaram acima desse patamar, ou seja, têm melhores alunos que o esperado. "O RN tem, significativamente bem mais alunos avançados que o esperado", segundo Ramos. 

"Esses dados chamam a atenção para duas percepções da realidade, a que os números mostram acima, ou seja, o RN no topo do país com desempenho classe mundial, e aquela usada pelos  políticos potiguares e alguns setores empresariais aqui e acolá, e mesmo alguns de nós, os quais, frequentemente, usam a mesma cantilena - “o RN é um estado pequeno e pobre, lascado. Temos que parar com esse complexo de inferioridade, que puxa o moral do potiguar para baixo", concluiu o professor da UFRN.

ANASEM 2016

A Anasem conseguiu mobilizar todas as escolas brasileiras de educação médica e seus resultados abarcam a avaliação de 91% dessas instituições, totalizando 233 cursos e 22.086 estudantes matriculados no segundo ano. Os desempenhos nas questões objetivas foram agrupados em três níveis de proficiência – básico, adequado e avançado – com o objetivo de medir as competências estruturais ou habilidades dos participantes.

Cerca de 91,2% dos estudantes de medicina encontram-se no nível de proficiência adequado; 6,9%, no básico; e 1,9%, no avançado. Quanto aos desempenhos agregados por instituições de educação superior, 98,71% apresentam média em nível adequado e 1,29%, no básico.

A avaliação também abarcou a coleta das impressões dos estudantes sobre a prova aplicada. Questionou-se, por exemplo, o grau de dificuldade da prova e 62,5% dos estudantes consideraram que o instrumento apresentou um grau médio de dificuldade, 32,3% difícil, 2,5% muito difícil, 2,5% fácil e 0,2% muito fácil.
 

Notas

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