29 MAR 2024 | ATUALIZADO 18:35
SAÚDE
Da redação
27/03/2017 16:30
Atualizado
14/12/2018 03:02

Serviços de radioterapia e quimioterapia poderão parar quinta-feira em função de atraso nos repasses

Liga Mossoroense de Estudos e Combate ao Câncer informa que só possui material para funcionamento até quarta. Repasse do Governo do RN ainda está sendo aguardado
Arquivo/MH
A Liga Mossoroense de Estudos e Combate ao Câncer (LMECC), que mantém em funcionamento serviços oferecidos no Hospital da Solidariedade e no Centro de Oncologia e Hematologia de Mossoró (COHM), informa à população que na próxima quinta, 30, deverá paralisar o atendimento de radioterapia e quimioterapia ofertados, gratuitamente, a pacientes adultos e infantis de toda a região Oeste do Rio Grande do Norte.

De acordo com o médico Geison Moreira, diretor técnico da Liga, só há material suficiente para manter o atendimento até a quarta-feira, 29. Dessa forma, as atividades serão descontinuadas, prejudicando os pacientes que realizam seus tratamentos (quimioterapia e radioterapia) diariamente no Hospital da Solidariedade e no Centro de Oncologia.

Na semana passada, o Governo do Estado assegurou que o pagamento da produção referente ao mês de dezembro de 2016 seria efetuado até a quinta, 23, o que acabou não acontecendo, inviabilizando a continuidade dos serviços. “É uma situação de muito angustia”, resume a paciente Aila Mendes.

Conforme informações do Portal da Transparência do Estado, o empenho do pagamento foi feito no dia 17 de março, no valor de R$ 665.475,40. O MOSSORÓ HOJE entrou em contato com a assessoria da Secretaria de Estado da Saúde Pública (SESAP), mas foi informado que, devido ao fim do expediente, só seria possível verificar a situação do pagamento na manhã desta terça, 28.

Há ainda um outro agravante: a máquina de radioterapia está com a sua data de manutenção vencida. Esse serviço custa em média R$ 25 mil.  “O tratamento não pode parar. Com a descontinuidade, a doença pode voltar, até mais forte”, destaca Geison Moreira, diretor técnico da LMECC.

O MOSSORÓ HOJE teve acesso a informações que apontam pelo menos quatro pacientes, dois adultos e duas crianças, nessa situação, com a doença terno retornado em virtude das interrupções do tratamento.

Janeiro e fevereiro

Os meses de janeiro e fevereiro também estão em atraso, mas nesse caso ainda é preciso que um novo contrato seja firmado entre a Liga e o Governo. A expectativa é que esse documento seja finalizado o mais rápido possível, no valor de R$ 740 mil/mensais, retroativo aos primeiros meses do ano.
 

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