O promotor de Justiça Wendell Beetoven, coordenador Jurídico Administrativo do Ministério Público do Rio Grande do Norte, conversou com a reportagem do jornal Tribuna do Norte. Ainda internado na UTI, Beetoven revelou que seu estado de saúde é delicado, que está vomitando sangue. Ele teve um pulmão perfurado e costelas quebradas durante o
atentado do servidor Guilherme Wanderley, ocorrido na última sexta, 24, dentro da Procuradoria-Geral de Justiça.
Questionado pela reportagem se Guilherme já demonstrara sinais de que poderia praticar ato tão violento, o promotor respondeu que nunca teve proximidade com o servidor. “Ele trabalha no MP há quase 20 anos, sendo que nos últimos como assessor do procurador de Justiça Anísio Marinho Neto, atual corregedor-geral do MPRN. Só este, como chefe imediato e responsável pela indicação para o cargo comissionado, tem condições de avaliar o comportamento do subordinado”, frisou Beetoven.
Ainda segundo o promotor, o Ministério Público nunca tolheu direitos dos servidores. “Muito pelo contrário. Eles têm boa remuneração, recebem em dia (o que não comum no RN) e ótimas condições de trabalho. Guilherme, por exemplo, ganha R$ 10 mil por mês e cumpre uma jornada de 38 horas semanais”, detalhou.
Perguntado sobre quais medidas adotaria contra o servidor, o promotor informou que o caso é da Polícia e será julgado pelo judiciário. “Não pretendo tomar qualquer medida contra o servidor. Espero que ele continue preso e seja condenado e cumpra a pena, como qualquer outro delinquente perigoso”, disse.
Por fim, Wendell Beetoven relatou que seus filhos estão sofrendo muito com a situação, e que espera superar o episódio e voltar a trabalhar o mais breve possível.
Com informações do jornal Tribuna do Norte