25 ABR 2024 | ATUALIZADO 18:29
VARIEDADES
Da redação
31/03/2017 09:21
Atualizado
13/12/2018 05:42

Estudante de Baraúna lança campanha para comprar cadeira de rodas motorizada

Universitário Lucas Agostinho, 22 anos, tomou emprestado do banco R$ 5 mil e precisa de mais R$ 5 mil para comprar o equipamento. Lucas sofre de Atrofia Muscular Espinhal desde os 2 anos.
Adriano Pinheiro
Aos dois anos de idade, Lucas Agostinho da Silva, 22 anos, natural de Baraúna, descobriu a Atrofia Muscular Espinhal Progressiva. Desde então, se locomover é um desafio, assim como lidar com o preconceito.

Para se circular com mais facilidade e sem depender tanto das pessoas, seu objetivo é comprar uma cadeira de rodas motorizada. Por isso, uma amiga de Lucas teve a ideia de criar uma campanha para ‘patrocinar’ a compra do equipamento.

“A ideia surgiu da minha amiga, no início eu nem queria, eu pensei, será que vai dar certo, aí meus amigos insistiram e eu acabei aceitando, a gente criou até página no Facebook”, explicou Lucas.

O estudante de Letras/Espanhol, da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), disse que conseguiu um financiamento de R$ 5 mil junto ao Banco do Brasil para comprar a cadeira. No entanto, o equipamento custa R$ 10 mil.

“O banco só pode liberar o cinco mil para mim, por isso precisamos  de mais cinco, acreditamos que vamos conseguir. Nada é impossível”, ressalta o estudante.

A categoria é muito necessária não só para melhorar a locomoção de Lucas. É que a cadeira que ele usa atualmente causa muitas dores, por não ter tão boa. “É boa porque me dá possibilidade de andar, mas ela causa bastante dor, às vezes não consigo nem me concentrar na aula com tanta dor, a motoriza me daria mais conforto”, explicou.

Lucas Agostino cursa o quarto período de Letras/Espanhol, na UERN. Antes de ingressar na universidade estadual, em Mossoró, ele foi aprovado no curso de Direito, na Universidade Federal da Paraíba. Não cursou, pois não era exatamente a carreira que ele queria seguir.

Hoje diz que se encontrou como professora de Espanhol. “Na época, eu não sabia exatamente o que queria, mas me encontrei nesse curso. É isso que eu quero ser, quero dar aula”, disse ele.

Vindo de uma família de oito irmãos, Lucas conta que sempre soube superar o preconceito, principalmente na escola. Apesar de ter algumas limitações, ele nunca deixou de brincar e estudar como as outras crianças.

“Meus amigos viam minha situação e tentavam se adaptar nas brincadeiras, me colocavam como goleiro e por isso incrível que pareça, era um ótimo goleiro”, relatou.

Na escola, porém havia algumas limitações. “As pessoas achavam que eu tinha que me adaptar a escola, mas é a escola que tem que se adaptar ao aluno, isso é inclusão”, disse o jovem.

Lucas sonha hoje em concluir a graduação em Letras, dar aulas e fazer Mestrado e Doutorado. Pretende estudar e morar em João Pessoa, Paraíba, onde segundo ele, há bons cursos de especialização na área que ele quer.

“Mas, gosto demais da minha cidade Baraúna, e pretende também ficar aqui ou voltar para cá. Quero ser um exemplo de superação para que as pessoas possam se espelhar em mim”, conclui.

Os interessados em contribuir com doações, de qualquer valor, podem depositar ou fazer transferência por conta bancária.
 
CONTAS
Conta Poupança Caixa
Ag: 0560
Operação: 013
Conta: 00626616
Banco do Brasil - Conta Poupança
Agência: 2828-2
Conta: 17.437-8
Lucas Agostinho da Silva

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