28 MAR 2024 | ATUALIZADO 18:35
POLÍTICA
Da redação
07/04/2017 08:03
Atualizado
13/12/2018 08:57

Senadores e deputados federais do RN enrolados na Lava Jato na mira de Janot

Os senadores Garibaldi Alves e José Agripino e os deputados federais Felipe Maia e Walter Alves teriam recebido dinheiro desviado da Transpetro, segundo delator. Processo será analisado por Rodrigo Janot.
Os senadores Garibaldi Alves Filho, do PMDB, e o senador José Agripino Maia, do DEM, bem como os deputados federais Felipe Maia, do DEM, e Walter Alves, do PMDB, do Rio Grande do Norte, receberam doações de dinheiro desviado da Transpetro. 

É o que consta na delação de Sérgio Machado, ex-diretor da Transpetro. O ministro Luiz Edson Fachim, relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal, determinou que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, analise possibilidade de investiga-los.

Além dos potiguares enrolados na Lava Jato, também foram citados na delação de Sérgio Machado Jandira Feghali, do PC do B/RJ e Luiz Sérgio, do PT/RJ. O delator falou que os parlamentares pediram doações oficiais e que pagou com dinheiro desviado.

O mesmo Sérgio Machado, com sua delação, já havia derrubado o ministro Henrique Alves, também do RN, do governo Temer, em junho de 2016.

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Os senadores e deputados do Rio Grande do Norte se defenderam.

Segue notas na íntegra.

Nota do Senador Garibaldi Alves e do deputado federal Walter Alves

Com relação à decisão do ministro Edson Fachin de autorizar a Procuradoria-Geral da República a investigar fatos incluídos em delação premiada do ex-senador Sérgio Machado, esclarecemos que o próprio delator - quando cita o senador Garibaldi Alves Filho e o deputado federal Walter Alves - ressalta que as doações feitas a eles foram oficiais. Não houve nenhuma troca de favor, benesse ou vantagem de qualquer natureza.
Vale destacar que a Lei 9.504 e as resoluções do Tribunal Superior Eleitoral previam esse tipo de arrecadação nas campanhas eleitorais, inclusive fixavam percentuais para as doações de pessoas físicas e jurídicas.
Assessorias do senador Garibaldi Filho e do deputado Walter Alves


Nota do Senador José Agripino

Apesar de desconhecer o inteiro teor da delação do ex-senador Sérgio Machado, devo esclarecer o seguinte:
1- As doações que, como presidente de Partido tenho a obrigação de buscar, obedecendo à legislação vigente, foram obtidas sem intermediação de terceiros, mediante solicitações feitas diretamente aos dirigentes das empresas doadoras.
2- Presidente de Partido de oposição que sou, não teria nenhuma contrapartida a oferecer a qualquer empresa que se dispusesse a fazer doação em troca de favores de governo.
3- As doações recebidas – todas de origem lícita – foram objeto de prestação de contas, devidamente aprovadas pela Justiça Eleitoral.
4- A empresa citada, portanto, fez doação oficial a um parlamentar de oposição que nenhuma influência poderia ter sobre negócios com a Petrobras.
Senador José Agripino (RN)
Presidente nacional do Democratas


Do deputado federal Felipe Maia:
NOTA
Todas as doações recebidas na minha campanha foram devidamente contabilizadas e aprovadas pela Justiça Eleitoral.
Em 2014, as doações recebidas de empresas privadas, dentro do que permitia a legislação, foram arrecadadas através da minha conta campanha, bem como pelos Diretórios Nacional e Estadual do meu partido, sem intermediários.
Deputado Federal Felipe Maia


Com informação do G1.

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