A capital cearense vive horas difíceis por conta dos ataques criminosos a veículos. Só nas últimas horas foram 20 veículos incendiados, sendo 16 ônibus. Na noite de ontem, empresários decidiram cancelar o transporte até que a situação fosse controlada. Muitos moradores ficaram sem ter como voltar para casa, causando transtorno à população. Hoje, a frota segue reduzida, universidade cancelaram as aulas e empresas liberaram seus funcionários mais cedo.
A imprensa local considera este o maior ataque criminoso da história do Ceará.
Ataques são semelhantes aos que ocorreram no Rio Grande do Norte em janeiro deste ano. Na época, ônibus, prédio públicos e até órgãos oficiais do Estado e Polícia foram queimados. Ataque foram comandados pela facção Sindicato do RN ou Sindicato do Crime.
O motivo para os ataques no Ceará está ligado a transferência de presos de facções rivais no Sistema Penitenciário. Segundo o Diário do Nordeste, uma briga entre facções Comando Vermelho e Guardiões do Estado, gerou os ataques. As facções já foram aliadas.
A facção Guadiões do Ceará também é inimiga do Primeiro Comando da Capital, originária em São Paulo.
Durante os ataques, os criminosos deixaram "cartas" informando sobre supostas opressões aos membros da GDE, em relação a um preso espancado dentro de uma penitenciário do Ceará no último domingo.
Através de seu perfil do Facebook, o governado do Ceará Camilo Santana se pronunciou. Ele disse que o governo não vai se intimida diante dos crimes.
Segundo ele, o policiamento foi reforçado e os setores de inteligência do Estado trabalham para identificar e prender os criminosos.