25 ABR 2024 | ATUALIZADO 09:49
ESTADO
Cezar Alves, Da redação
24/04/2017 09:49
Atualizado
13/12/2018 22:29

Estudante da UFERSA espera colher 500 sacas de milho numa propriedade emprestada em Baraúna

Ricardo Soares, que tem 21 anos, Cursa Administração na UFERSA, em Mossoró, e trabalha com internet em Baraúna. Investiu R$ 2 mil reais para preparar 15 hectares de terra, plantar e cuidar do plantio
As chuvas registradas em 2017 estão sendo até agora insuficientes para encher os reservatórios, mas razoável para a lavoura. Quem plantou cedo, vai colher. Ao menos este o sonho do universitário Ricardo Sousa Soares, no Sítio Vitória, em Baraúna-RN.
 
Espera colher 500 sacas de milho numa propriedade emprestada por um amigo.
 
Ricardo Soares cursa Administração na Universidade Federal Rural do Semiárido (UFERSA), em Mossoró, e trabalha como gerente de suporte técnico de numa empresa provedora de internet em Baraúna, onde mora com os pais. Ele revela que o que gosta mesmo é do campo.
 
Com R$ 2 mil reais que juntou no seu trabalho na área de internet, contratou um tratorista e um auxiliar de tratorista para preparar uma área de 15 hectares, numa propriedade emprestada por um amigo, e plantou milho na primeira semana de março de 2017, quando começou a chover com mais intensidade. “Já tem espigas”, anima-se Ricardo Soares.
 
A certeza de safra veio com as últimas duas chuvas no Sítio Vitória, que passou de 200 milímetros. Como a previsão é ter mais chuvas ainda este mês e no início do próximo, Ricardo Soares acredita que a safra está garantida. A colheita será no final de julho e início de agosto, quando espera colher mais ou menos 500 sacas de milho.
 
Ricardo Soares, que tem 21 anos, é solteiro (mora com os pais na cidade de Baraúna), fez um arrisque em plantar milho no início de março. Isto porque, segundo ele, não havia uma certeza se teria inverno suficiente para produzir este tipo de cultivo em sequeiro, já que o milho precisa de mais água do que feijão de corda, por exemplo.
 
Como as chuvas vieram em bom número e com intensidade razoável, Ricardo Soares já trabalha com a perspectiva de colher 500 sacas de milho, num investimento de R$ 2 mil reais usados para preparar a terra, comprar a semente e cuidar da lavoura com defensivos agrícolas.

Com o investimento de R$ 2 mil rais na produção de milho em regime de sequeiro, no caso de se confirmar a safra de 500 sacas, resultará num lucro muito bom. Hoje, a saca de milho custa em média R$ 28,00, ou seja, a previsão de faturamento bruto é de R$ 14 mil. Considerando que Ricardo Soares precise investir ainda de R$ 2 a R$ 3 mil na colheira e ensacamento da produção, lhe restará um lucro de R$ 8 a R$ 9 mil reais.
 
Assim como Ricardo Soares outros pequenos agricultores apostaram na cultura de sequeiro neste inverno e estão torcendo por mais algumas semanas de chuvas para também ter seus plantios com safra. Quanto aos reservatórios, os órgãos do governo que fazem o monitoramento, estão pessimistas. Acreditam que não chegam a 50%.
 

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