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ESTADO
Da redação
25/04/2017 09:10
Atualizado
13/12/2018 22:34

Em Caraúbas, presos vão ler e escrever em troca de redução de pena

Município e Ministério Público firmaram parceria para implantação de uma biblioteca, onde os presos terão orientação para ler e escrever uma resenha.
Agência Brasil
O Município de Caraúbas, através da Secretaria de Educação, firmou parceria com o Centro de Detenção Provisória "Manoel Alves Pessoa Neto” para implantação de uma biblioteca para a ressocialização dos presos.

O projeto intitulado “Na ressocialização do preso pela leitura” foi idealizado pelo juiz Pedro Paulo Falcão Júnior, o promotor de Justiça Rafael Paes Pires Galvão e o diretor do presídio local, Sérgio Ildefonso.

A Cadeia Pública agora dispõe de um sistema de ensino no qual uma sala foi transformada em biblioteca, com o objetivo de proporcionar a ressocialização por meio da leitura e do estudo. O Município disponibilizou um profissional para orientação dos presos no processo das leituras e produção de resenhas.

O preso interessado terá que frequentar a biblioteca, ler livros e escrever uma resenha e, após a correção deste texto crítico da obra, por um professor, será enviado ao Ministério Público Estadual que vai emitir um parecer após uma decisão judicial do processo da execução, para que seja diminuída a pena.

Como na Cadeia Pública já existe alguns apenados que fazem a remissão através do trabalho, agora também será feito por meio da leitura e resenha feita de livros escolhidos para leitura.

“Precisamos estar engajados nos serviços e ações sociais, e esta biblioteca com certeza será um passo para ressocialização dessas pessoas tornando-as em cidadãos compromissados”, destacou o prefeito Antônio Alves da Silva.

A biblioteca da Cadeia Pública está sendo vista como modelo para outros presídios, onde os livros são todos catalogados e foi organizada por um apenado que separou as obras.

Para o juiz de Direito Pedro Paulo falcão, a esperança é resgatar seres humanos apenados em condição para reabilitação e muitos querem mudar de vida, basta somente uma oportunidade.

“A biblioteca vai ajudar a muitos apenados a saírem da ociosidade, vão diminuir suas penas e ganharão credibilidade com o sistema e futuramente estarão livres para a sociedade. Sabemos que este trabalho não vai conseguir atingir 100% dos presos, pois eles também precisam querer mudar, a chance será através deste projeto, resta saber se todos querem uma nova chance” disse o magistrado.

Para o promotor de Justiça Rafael Paes Pires Galvão, o objetivo do Judiciário e do MPRN com o projeto foi o de tentar socializar para diminuir o índice de violência, devolvendo a sociedade um cidadão de bem, compromissado, zeloso pela sua vida em coletividade.

O diretor do presídio, Sérgio Ildefonso, explicou que o contato com o livro, será fundamental para socialização e mesmo que uma parte resista, o projeto terá um resultado positivo e que realmente sirva de modelo. “Essa é mais uma forma de trazê-los para o processo educativo e estimular a leitura”, ressaltou.

Fonte: MPRN

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