25 ABR 2024 | ATUALIZADO 18:29
MOSSORÓ
Da redação
15/05/2017 15:58
Atualizado
14/12/2018 07:19

"O osso tá colando com defeito", diz ortopedista sobre sequelas após suspensão de cirurgias eletivas em Mossoró

Manoel Fernandes revela que mais de 600 pacientes aguardam na fila para realização de cirurgias ortopédicas na cidade, suspensas pela Prefeitura
A situação de pacientes que aguardam na fila a realização de cirurgias eletivas ortopédicas em Mossoró está cada dia mais insustentável. Atualmente, são mais de 600 pessoas precisando passar por esse tipo de procedimento na cidade, suspenso desde setembro do ano passado e sem previsão alguma de voltar a ser realizado.

De acordo com o presidente da Sociedade de Ortopedia de Mossoró, Manoel Fernandes, a atual gestão municipal não tem sinalizado para o retorno das cirurgias, que eram bancadas pelo Município no Hospital Maternidade Almeida Castro (HRTM).

“Em 2016, foram 130 cirurgias no total. Quando houve a suspensão, em setembro, já tínhamos 200 pacientes na fila, hoje são mais de 600, e atual gestão não sinaliza para o retorno do convênio que possibilitaria a continuidade dos procedimentos, sendo que há verba federal para isso”, explica o especialista.

Diante do quadro calamitoso, as consequências para os pacientes são devastas, conforme detalha Manoel Fernandes. “Sendo claro, pode-se dizer que o osso está colando com defeito. Há pacientes que estão aguardando há dois anos, quando o ideal é realizar essa cirurgia com, no máximo, três meses”, alerta.

Além das sequelas físicas, o presidente da Sociedade de Ortopedia de Mossoró afirma que há também as consequências sociais. “Já tenho visto pacientes com fixadores na perna pedindo esmola na rua, porque não têm condições de voltar ao trabalho. Outros, mais idosos, após muito tempo acamados, acabam contraindo novas doenças e até falecendo”, conclui o especialista.
 
 

Notas

Publicidades

Outras Notícias

Deixe seu comentário