25 ABR 2024 | ATUALIZADO 18:39
MOSSORÓ
Da redação
26/05/2017 14:02
Atualizado
14/12/2018 05:35

Maternidade Almeida Castro incentiva o parto normal

Hospital está dentro da média nacional e busca estimular, por meio de cursos oferecidos às gestantes e capacitação dos profissionais, a ampliação do número de partos normais
Cezar Alves/MH
O nascimento é o momento de alegria para a família. Porém, conforme explica o médico obstetra Luiz Dalama durante curso para grávidas no Hospital Maternidade Almeida Castro, existe uma diferença enorme entre nascer de parto normal e através de processo cirúrgico.

Dalama destaca que o parto cesariano proporciona mais risco para a mãe e também para o bebê. A mãe pelo fato de passar por um processo cirúrgico e o bebê porque nasce com mais dificuldades de respirar do que quando nasce em parto normal.

E isto é de reconhecimento internacional. A Organização Mundial de Saúde e a Sociedade Brasileira de Obstetrícia e o Ministério da Saúde defendem que se dê preferência para o parto ser normal, um processo já executado no Hospital Maternidade Almeida Castro, em Mossoró, tanto durante os cursos oferecidos às mulheres grávidas, quanto também no momento do parto, explica a coordenadora Edilene Torquato, da Maternidade Almeida Castro.

Segundo Edilene, a maternidade está dentro da média nacional, ou seja, média nos últimos dois anos é de 31% dos partos realizados não são por intervenção cirurgica. São por meios naturais.

No ano de 2015 foram realizados 3.098 partos através de processo cirúrgico (70%) e 1.248 (30%) normais. Em 2016, o número de partos cesáreos foi de 2.527 (68%) e o número de partos normais foi de 1.209 (32%). A média internacional é de 30%. A Organização Mundial de Saúde considera entre 10% e 15% o índice ideal de partos césareos entre os nascimentos.

Porém, segundo o interventor Benedito Viana, da Maternidade Almeida Castro, estes números são bons quando comparados com os dados da região Norte, onde apenas 18% dos partos são normais. “Mas já estamos trabalhando para melhorar mais os nossos dados”, avisa Viana.

A Maternidade Almeida Castro, que está sendo administrada por uma junta de intervenção federal, é a única do RN que está inserida no Programa Parto Adequado do Instituto For Healthcare Improvement, do Hospital Albert Einstein e da Agência Nacional de Saúde.

Através deste programa, o Governo Federal quer aumentar o percentual de partos normais para 60%, o que para a coordenadora geral da intervenção na Maternidade Almeida Castro, Larizza Queiroz, é um pouco difícil, devido às questões culturais regionais. As mulheres fogem da dor do parto.

O Projeto Parto Adequado está sendo efetivado no Brasil com o oferecimento de capacitação de profissionais de saúde que atuam nas maternidades para incentivar o parto normal entre as mulheres durante a gravidez e também no momento do parto.

Nesta primeira fase, os servidores Bendito Viana, Adeiza e Edilene Torquato, da Maternidade Almeida Castro, se juntaram a equipes de maternidades de várias regiões do País em treinamento intensivo no Hotel Trade Center, em São Paulo, nos dias 2 e 3 de maio/2017.

Neste primeiro momento, os profissionais de saúde de todo o Brasil aprenderam a introduzir a metodologia colaborativa e os conceitos fundamentais do Modelo de Melhoria. Viram como introduzir e discutir os objetivos e, entre outras medidas, explorar estratégia para aumentar o envolvimento e engajamento de mães, gestantes e familiares no momento do parto.

No segundo momento, o treinamento será ministrado nos hospitais considerados pilotos por região. Na região Nordeste, o treinamento será em Recife. A capacitação será repassada aos profissionais que atuam nas Maternidade Almeida Castro da região. Uma vez capacitados, os coordenadores que participam dos cursos ministram cursos internos nas maternidades para transferir os conhecimentos.
 

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