O Tribunal do Júri Popular se reúne nesta quarta-feira, 7, para julgar a culpa do serigrafista Franklin Claudiano Silva Costa, de 22 anos, no assassinato de Fábio Ferreira da Silva, o Fabinho, crime este ocorrido às 14h26 do dia 25 de fevereiro de 2016, ao lado do Mercado Público Central, no Centro da cidade.
O Ministério Público estadual narra na acusação que o réu matou a vítima por vingança. O promotor Ítalo Moreira (foto) atuará no júri.
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No dia do crime, a vítima Fábio Ferreira da Silva estava na companhia de Alisson Mariano Salustiano, perto do Mercado Central, em Mossoró. Franklin o viu no local, deu a volta e chegou por trás, efetuando seis disparos à queima-roupa, o matando no local. Em seguida fugiu em seu carro.
Dias depois, Franklin Claudiano se apresentou na Divisão de Homicídios e Defesa da Pessoa e confessou o crime. Explicou que o Fabinho já havia tentado matar ele seis vezes e que numa destas vezes terminou matando, a tiros, a sua sogra, de nome Iracema Félix da Silva.
Este depoimento, no entanto, não bate com as investigações realizadas pela Policia Civil. No próprio processo que vai a júri nesta quarta-feira, 7, o irmão de Fabinho, Alisson Mariano disse que quem matou Iracema Félix da Silva havia sido ele. Este caso aguarda julgamento.
Ainda conforme detalhou o suspeito a Polícia, Fabinho também havia tentado matar Cláudio Roberto, que é irmão de Franklin Cláudiano. Outro fato relevante para o processo é o que teria iniciado a inimizade entre as duas famílias. A viúva de Fábioi Ferreira contou que tudo começou devido a torcidas unifornizadas.
Esta testemunhas relatou na polícia que eles viviam se ameaçando em função disto. Ela também confirmou que Franklin estava procurando matar qualquer um da família de Fábio Ferreira para vingar a morte da sogra Iracena Félix da Silva. Os policiais confirmam que realmente o clima é tenso entre os dois lados.
Ainda consta no processo, que Fábio Ferreira já havia passado um tempo preso respondendo por assalto. Diante dos fatos, o promotor de Justiça Ítalo Moreira Martins pede a condenação do réu por homicídio qualificado, por ter sido por vingança e sem chance de defesa da vítima.
Se vai ser condenado ou não por ter vingado a morte da sogra, caberá a sociedade mossoroense decidir, no Tribunal do Júri Popular, representado por sete membros da sociedade sorteadas entre pessoas de bem pela Justiça. O julgamento deve começar às 8h e terminar no final da tarde.
O réu está aguardando julgamento preso por ter matado um irmão da vítima, de nome Anderson Pablo da Silva e neste caso ele terminou tendo a prisão preventiva decretada pela Justiça Estadual. Mesmo que seja absolvido, continua preso.
Os trabalhos terão a presidência do juiz Vagnos Kelly Figueiredo de Medeiros. Para os debates com o promotor Ítalo Moreira Martins, vi atuar o ex-jornalista policial e atual advogado criminalista Isaías Garcia de Oliveira.