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POLÍTICA
Da redação
07/06/2017 14:38
Atualizado
14/12/2018 05:06

Henrique recebeu R$ 2 milhões em propina da Odebrecht após prometer privatizar Caern, aponta MPF

Pagamento foi acertado em reunião realizada no gabinete da Presidência da Câmara dos Deputados, no dia 6 de agosto de 2014, em plena campanha ao Governo do Rio Grande do Norte.
Agência Câmara
O Ministério Público Federal (MPF) divulgou detalhes do pedido de prisão do ex-deputado e ex-ministro do Turismo Henrique Eduardo Alves (PMDB). No documento, há informações que apontam o recebimento em 2014, por Henrique, de R$ 2 milhões em recursos não contabilizados (caixa dois) da Construtora Odebrecht. Em troca, o então candidato ao Governo do Estado garantiu que iria privatizar a Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (Caern), beneficiando assim a empreiteira.

Segundo o MPF, a propina foi acertada durante encontro ocorrido no dia 6 de agosto de 2014, na presidência da Câmara dos Deputados, na época ocupada pelo então deputado Eduardo Cunha, também preso atualmente. O encontrou contou com a presença de Cunha, Henrique e do executivo Fernando Luiz Ayres da Cunha Santos
Reis.
 
“As quantias foram repassadas em razão do interesse da Odebrecht em investir na privatização da Companhia de Água e Esgoto do Rio Grande do Norte – CAERN, um dos projetos de Henrique Eduardo Lyra Alves, que seria implementado caso fosse eleito. Os detalhes da situação foram tratados entre outro executivo da Odebrecht, Alexandre José Lopes Barradas, e Jaime Mariz de Faria Júnior, espécie de auxiliar do candidato em relação ao assunto, o qual ocupava cargo comissionado no Ministério da Previdência Social”, relata o Ministério Público.
 
O pagamento dos R$ 2 milhões foi registrado no sistema de gerenciamento do Departamento de Operações Estruturadas (propina) da Odebrecht. Na planilha, Henrique aparecia com o codinome “Fanho” em “alusão ao característico timbre de voz” do ex-deputado, informa o MPF.
 
“De resto, em datas próximas às da reunião inicial e da própria efetivação dos pagamentos, foram identificados contatos telefônicos entre Eduardo Cosentino da Cunha e Fernando Luiz Ayres da Cunha Santos Reis. Todos os elementos relacionados ao fato foram encaminhados à Polícia Federal em momento posterior”.
 
Doações oficiais
 
Em doações oficiais, a Odebrecht repassou R$ 5,5 milhões em 2014 ao Diretório Nacional do PMDB, valores destinados a Henrique Alves. Desse total, R$ 1,5 milhão foi transferido no primeiro turno e R$ 4 milhões no segundo, após pedido de auxílio do ex-deputado Eduardo Cunha à empreiteira, conforme relata o MPF:



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