24 ABR 2024 | ATUALIZADO 08:39
POLÍTICA
Da redação
11/06/2017 09:18
Atualizado
14/12/2018 00:03

Ex-prefeito classifica gestão de Rosalba como "medíocre" e diz que atualmente está dedicado a família

Francisco José Junior destacou que durante sua gestão, mesmo faltando recursos, conseguiu fazer 170 ações, enquanto que Rosalba usa discursos de terra arrassada e parou vários serviços essenciais a vida
A advogada Christianne Alves, do Blog da Chris, conseguiu entrevista exclusiva com o ex-prefeito Francisco José Junior, que quebrou o silêncio, depois de mais de cinco meses de ataque sistemático do grupo político comandando por Carlos Augusto, marido da prefeita Rosalba Ciarlini, através de seus meios de comunicação.

Francisco José classificou a gestão de Rosalba como mediocre, lembrando que tirou 140 policiais em seus dias de folga das ruas quando parou as BICs; reduziu número de médicos nas UPAs, não pagou o oxigênio dos pacientes que estão em casa, suspendeu a ortopedia da UPA do BH...

Não lembrou na entrevista que a prefeita Rosalba Ciarlini suspendeu as cirurgias eletivas, deixando mais de 1800 pessoas em fila ou vendendo o pouco que tem para pagar hospital e equipe médica para ter o serviço, que por lei, teria que ter no serviço público municipal.

Ainda conforme o ex-prefeito, durante sua curta gestão, mesmo com poucos recursos foram feitas 170 ações e que isto não foi reconhecido pelo público porque foi vítima de uma oposição orquestrada por 90% da mídia, que pertence a familia Rosalba, que transformava mentiras em verdades para prejudica-lo.

... O ex-prefeito disse também que não se afastou da política e que está vindo a Mossoró toda semana e que recebe ligações de pessoas reconhecendo o seu esforço. Adiantou está passando um tempo com a família, pois dedicou 18 anos de sua vida a Mossoró, seja como vereador, como presidente da Câmara e como prefeito.

Quanto as próximas eleições, Francisco José Junior assegura que é muito cedo para falar.

Segue a entrevista extraída do Blog da Cris na íntegra.

- A prefeita Rosalba tem dito insistentemente, em seus discursos e entrevistas, que vai reconstruir Mossoró. O senhor acha que depois de sua passagem pela prefeitura, Mossoró precisa ser reconstruída ?
 
 
Como todos sabem a prefeita Rosalba costuma governar com um discurso de terra arrasada. Foi assim quando assumiu a prefeitura de Mossoró em seu primeiro mandato, quando retornou à prefeitura, quando chegou ao Governo do Estado e agora não está sendo diferente. Ela faz isso para se apresentar como uma boa gestora, que resolveu os problemas da cidade. No governo do Estado, essa estratégia não deu certo tanto que ela é apontada como a pior governadora da história do RN. Quanto a Mossoró, enfrentamos sérias dificuldades financeiras, mesmo assim conseguimos avançar em vários pontos que julgo cruciais, principalmente na área da saúde, basta ver a questão da maternidade. Avançamos também no transporte público, nas UPAs, nas cirurgias ortopédicas, na segurança, no meio ambiente, com o Parque Municipal. Na educação, investimos em tecnologia... Pena que nada disso está tendo continuidade simplesmente por capricho da prefeita em não reconhecer que uma pessoa sem o sobrenome Rosado possa gerir Mossoró. A cidade não precisa ser reconstruída de maneira alguma. Precisa ser melhorada, pois sempre precisamos buscar melhorias no serviço público.
 
- Como o senhor analisa a administração da atual prefeita? Faça um paralelo com a sua gestão.
 
A prefeita ainda não conseguiu dar uma cara a sua gestão. É uma gestão medíocre, a começar pelo pensamento mesquinho de acabar com tudo que foi implementado em outras gestões por pura picuinha política. Não sabemos suas prioridades e até agora não conseguiu implementar nenhum projeto. Nos primeiros seis meses de nossa gestão, nós já tínhamos colocado a UPA do Belo Horizonte para funcionar, tínhamos ampliado as Bases Integradas Cidadãs, tínhamos conseguido ambulância para o SAMU, reduzimos custos devolvendo veículos de luxo que serviam aos secretários, comprando a mesma insulina por preço mais barato... Não nos preocupamos com a gestão anterior, mas em moralizar o serviço público e resolver os principais problemas que atingiam a nossa população. Rosalba, por sua vez, só sabe lamentar a falta de recursos, os problemas que existem, e não apresenta nenhuma ação, no máximo, lança projetos que já existiam com outros nomes como se fossem novidade, além de fechar os serviços que conseguimos implementar, como as BICs, que colocava 140 policiais a mais em Mossoró, sem falar na ortopedia, na usina de oxigênio e no atendimento no PAM aos sábados. Além disso, é uma gestão que pouco conversa, principalmente com o funcionalismo público.A cidade está cada vez mais violenta, sem avanços na educação e com vários serviços na saúde fechados.
 
- O senhor exerceu vários mandatos de vereador, inclusive foi presidente da CMM, e depois prefeito eleito de Mossoró. Desistiu da política ou está pensando em voltar em 2018, e a qual cargo?
 
Não me afastei da política. Continuo acompanho a política de Mossoró, do Rio Grande do Norte e do país e dou minha contribuição de outras formas. Os últimos três anos foram muito intensos. Trabalhava 18 horas por dia, abandonei minha família, meus filhos por entender que Mossoró precisava de um prefeito presente, capaz de tomar decisões. Nesses seis meses, estou curtindo minha família e cuidando de outros projetos. Quanto a 2018, ainda é cedo para falar. O político hoje precisa entender que estamos vivendo um novo momento.
 
- Quando terminou seu mandato de prefeito o senhor mudou-se para Natal. Por que esse distanciamento de Mossoró?
 
Como disse estou me dedicando a minha família. Meu filho mais velho já cursa medicina em Natal e estávamos afastados há quatro anos. Tenho dois filhos muito pequenos ainda, Gabriel com pouco mais de um ano e Guilherme, que acabou de nascer, e decidimos reunir a família. Quase metade da minha vida foram dedicados à Mossoró, à vida pública, e a gente acaba dando mais atenção para as outras famílias que para a nossa própria família. Chega um momento em que é necessário parar pois a família é o maior patrimônio que nós temos. Mas não estou distante de Mossoró. Praticamente toda semana estou na cidade, continuo em contato com amigos, contribuindo com o Portal RN Mais, e continuarei dando minha contribuição a Mossoró, independente de cargo público. 
 
- O senhor foi um dos principais responsáveis pela vitória de Robinson Faria (PSD) na disputa para governo do Estado, dando-lhe inclusive uma expressiva vitória de mais de 30 mil votos. Após eleito, contudo, o governador virou as costas para o senhor. A que ou a quem atribuir esse comportamento?
 
O governador decepcionou não apenas a mim, mas a todos os mossoroenses. Mossoró deu a vitória a Robinson, uma vitória que ninguém acreditava, já que Henrique Alves era o governador de férias, no entanto, ele não soube reconhecer depois que foi eleito. Como prefeito, sempre cobrei benefícios para a minha cidade, e acredito que essa insistência em cobrar mais saúde, segurança, educação, geração de emprego, o próprio aeroporto, tenha desgastado a relação. Não fui, nem nunca serei um político submisso. Desejo sucesso e sorte ao governador, e como sempre digo, o reconhecimento é de Deus.
 
- Em que o senhor errou a ponto de ficar impossibilitado de ir à disputa da reeleição nas urnas?
 
Tenho a consciência de que tudo o que fizemos foi pelo bem de Mossoró e que poucos prefeitos conseguiram fazer tanto em tão pouco tempo. Mas não ser Rosado em Mossoró é difícil. Não ser submisso à Lei dos Rosado s é complicado e enfrentamos a pior oposição que esta cidade já viu, e não falo somente em relação à Câmara Municipal, mas em tudo. Sabemos que 90% da mídia mossoroense pertence à família Rosado, que se uniu para gerar uma onda negativa em relação à nossa gestão  Todos os dias as rádios, os jornais, os blogs encampavam uma luta diária para denegrir nossa gestão, com falsas verdades, com insinuações e espalhando boatos somente para desestabilizar a gestão. Como já disse, enfrentamos a pior crise financeira que essa cidade já viu, e não foi fácil atravessar este período sem apoio de ninguém. Fizemos muito, em muitas áreas. Foram mais de 170 ações, entre obras e serviços. Desafio qualquer político que tenha feito mais, em tão pouco tempo e tão poucos recursos.. Hoje, recebo diariamente mensagens de pessoas que já reconhecem o nosso trabalho e sabem que os problemas que enfrentamos iriam acontecer, independente de quem fosse o gestor.
 

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