29 MAR 2024 | ATUALIZADO 18:35
POLÍCIA
Da redação
15/06/2017 08:57
Atualizado
13/12/2018 10:10

Agente civil escreve texto emocionante sobre o PM morto por assaltantes em Areia Branca

Ele protesta: "Até quando ficaremos apenas de braços cruzados assistindo a estas carnificinas contra cidadãos de bem?"
O agente de Policia Civil Lúcio Flávio escreve texto emocionado, destacando as qualidades do policial militar Carlos Eduardo Alves, assassinado por assaltantes na final da noite desta quarta-feira, 14, num choperia em Areia Branca.

Dudu, como é mais conhecido pelos amigos, era um exímio motorista, tendo ficado conhecido internacionalmente em função de suas manobras, gravadas em vídeo, divulgando o trabalho da Polícia Militar do Rio Grande do Norte.

Lotado no 9º BPM, Dudu desenvolvia suas atividades na zona oeste de Natal. Estava em Areia Branca visitando amigos com a família. À noite, se juntou a um grupo de amigos, inclusive crianças, e foram para choperia conversar e se divertirem.

"Até quando ficaremos apenas de braços cruzados assistindo a estas carnificinas contra cidadãos de bem?, protesta o agente de polícia Civil Lúcio Flávio.


"Aqui é Lúcio Flávio!
 
Duda, como era mais conhecido, era o terceiro e derradeiro filho de um policial civil e uma professora cujos irmãos mais velhos seguiram a mesma carreira do pai.
 
Todos são policiais nessa família, exceto a mãe.
 
Conhecê-los ainda crianças quando chegamos de São Paulo-SP para morar no recém inaugurado conjunto Pirangi.
 
Seus irmãos, assim como Duda, destacam-se em suas atividades,
 
Beto (Shampoo) na DEICOR  (Elite da nossa Polícia Civil) e Ricardo com seus grandes feitos na Delegacia de Pedro Velho, que apesar do pequeno efetivo de apenas dois policiais, tem sempre combatido com rigor aqueles que se arriscam a andar à margem da Lei.
 
Não morreu apenas mais um policial, disso tenho a certeza!
 
Morreram aqui as esperanças de um futuro mais seguro para todos nós, pois nem para sair de casa e fazer um lanche com a família numa pacata cidadezinha do interior podemos ir sem medo, que dirá no nosso dia a dia.
 
Precisamos de políticas públicas com maior intolerância à  marginalidade, maiores poderes às  polícias, uma combatividade mais efetiva contra estes vermes destruidores de família
 
Já passa da hora de nós cidadãos reclamarmos nosso direito à segurança e ao direito basilar constitucional de ir e vir!
 
Até quando ficaremos apenas de braços cruzados assistindo a estas carnificinas contra cidadãos de bem?
 
E quando acontecer com um dos nossos?
 
Aí é que iremos querer levantar a nossa voz e pedir para sermos ouvidos?
 
Iniciemos nossa luta enquanto ainda nos restam armas, pois daqui a pouco até a nossa voz irão calar!
 
*Va com Deus, Duda em breve nós encontraremos!!
 
Apenas um desabafo!
 
APC.: Lúcio Flávio"

 

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