O comerciante pernambucano Elito Francisco Vilela da Silva, 32 anos, que havia sido solto em audiência de custódia neste domingo, 18, horas depois de ser preso pela Polícia Federal com drogas em Nata, foi preso novamente na madrugada desta segunda-feira, 19, quando embarcava para São Paulo, onde reside.
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Tudo começou quando Elito foi preso pela Polícia Militar e Federal na tarde do sábado, 17, com 8 quilogramas de cocaína na zona sul de Natal. Além dos entorpecentes, foi encontrada uma pistola calibre 380 com o suspeito.
Após a prisão, o suspeito foi levado para a Delegacia de Plantão e, posteriormente, já no domingo, participou de audiência de custódia, onde ele teve a liberdade decretada pelo juiz plantonista Jésse de Andrade Alexandria.
O Tribunal de Justiça informou que para conceder liberdade ao suspeito, o juiz entendeu que a liberdade do flagranteado não implicaria risco à ordem pública.
Segundo a decisão, o juiz considerou que o acusado, que seria comerciante, tem bons antecedentes criminais e que não haveria indícios de outras ações suas voltadas para o tráfico.
O Ministério Público, que havia pleiteado a conversão do flagrante em prisão preventiva, ingressou então com um Recurso em Sentido Estrito junto ao plantão do Tribunal de Justiça do RN, sendo relator do recurso o desembargador Claudio Santos.
Ao analisar o caso, Cláudio Santos considerou a necessidade de decretação da prisão preventiva do acusado. Segundo ele, pela quantidade de droga apreendida com o acusado, essa não deve ser a primera vez de sua atuação nesse tipo de crime. Também considerou que só os antecedentes criminais não seria argumento suficiente para não decretar sua prisão.
"Uma entrega dessa magnitude não é tarefa deferida a uma pessoa inexperiente numa organização criminosa”, comentou o juiz, mesmo tendo ele mesmo liberando acusado em audiência de custódia.
Elito Francisco Vilela da Silva é acusado de crimes de tráfico interestadual e porte ilegal de arma. Por fim, o pernambuco foi levado para o sistema prisional, onde ficará à disposição da justiça.